<b>Geometrias da ficção e ficções geométricas em <i>Se um viajante numa noite de inverno</i>, de Italo Calvino
Resumo
Em 1973, Italo Calvino passou a integrar oficialmente o grupo de literatos e matemáticos Oulipo, o que aproximou o autor de discussões sobre formalismos estéticos e axiomatismos literários. Um dos desdobramentos mais evidentes dessa aproximação com a matemática em seus escritos é a desconstrução da noção de espaço literário à luz de metáforas geométricas. Tanto no plano do enunciado quanto no da enunciação, a ficção de Calvino desconstrói procedimentos de representação e narração, evidenciando a espacialidade inerente ao verbo e os paradoxos topológicos caros à ideia de um espaço literário infinito ensejado por um texto materialmente finito. Com vistas à reflexão sobre essas questões, no presente artigo analisa-se o mais célebre romance de Calvino, Se um viajante numa noite de inverno (2005), a fim de compreender como uma leitura geométrica das espacialidades dessa obra pode revelar as particularidades dimensionais da geometria calvinana – em lugar da euclidiana.
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