Estudo diacrônico de orações concessivo-condicionais universais prefaciadas por quienquier(a) que no espanhol peninsular

Palavras-chave: mudança linguística; concessivo-condicionais; quienquier(a) que; Espanhol Peninsular.

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise diacrônica de construções ‘concessivo-condicionais universais’ prefaciadas por quienquier(a) que em dados do espanhol peninsular, com o propósito de descrever aspectos de mudança linguística.  Para tanto, partimos dos pressupostos teóricos de Sweetser (1990), para quem a mudança nos significados pode ser explicada por meio de conexões metafóricas que seguem uma trajetória unidirecional em direção à expressão de significados cada vez mais abstratos, subjetivos, interpessoais. Juntamente com a evolução dos significados, investigamos as alterações de natureza morfossintática que podem ter afetado essas estruturas. O corpus utilizado, extraído do banco de dados CORDE (Corpus Diacrónico del Español), reúne ocorrências de construções concessivo-condicionais nas fases antiga, média e moderna do espanhol. Como critérios de análise, elegemos o domínio pragmático de atuação (conteúdo, epistêmico e ato de fala), a factualidade, a codificação modo-temporal e a ordenação da estrutura concessivo-condicional. Como resultado, atestamos que essas estruturas se especializaram cedo na expressão de significados mais abstratos, o que foi acompanhado por alterações nos padrões referentes à factualidade e pela crescente preferência pela anteposição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

Bybee, J. L. (2003). Mechanisms of change in grammaticization: the role of frequency. In B. D. Joseph, & R. D. Janda (Ed.), The handbook of historical linguistics (pp. 602-623). Blackwell.

Bosque, I. & Demonte, V. (Eds.), (1999). Gramática descriptiva de la lengua española. Espasa-Calpe.

Company Company, C., & Pozas Loyo, J. (2009). Los indefinidos compuestos y los pronombres genérico-impersonales omne y uno. In C. Company Company (Ed.), Sintaxis histórica de la lengua española (pp. 1075-1219). Fondo de Cultura Económica/Universidad Nacional Autónoma de México.

Eberenz, R. (1991). Castellano antiguo y español moderno: reflexiones sobre la periodización en la historia de la lengua. Revista de Filología Española, 71(1-2), 79-106. https://doi.org/10.3989/rfe.1991.v71.i1/2.652

Ford, C. E., & Thompson, S. A. (1986). Conditionals in discourse: A text-based study from English. In E. C. Traugott, A. Meulen, J. S. Reilly, & C. A. Ferguson (Ed.), On Conditionals (pp. 353-372). Cambridge University Press.

Flamenco García, L. (1999). Las construcciones concesivas y adversativas. In I. Bosque, & V. Demonte (Ed.), Gramática descriptiva de la lengua española (Vol. 3, pp. 3805-3878). Espasa-Calpe.

Haspelmath, M., & König, E. (1998). Concessive conditionals in the languages of Europe. In J. van der Auwera (Ed.). Adverbial construction in the languages of Europe (pp. 563-640). Mouton de Gruyter.

Heine, B. (2002). On the role of context in grammaticalization. In I. Wischer, & G. Diewald (Ed.), New reflections on grammaticalization (pp. 83-101). John Benjamins.

König, E. (1985a). On the history of concessive connectives in English, diachronic and synchronic evidence. Lingua, 66(1), 1-19. https://doi.org/10.1016/S0024-3841(85)90240-2

König, E. (1985b). Where do concessives come from? On the development of concessive connectives. In J. Fisiak (Ed.), Historical semantics. Historical word-formation (pp. 263-282). Mouton.

König, E. (1986). Conditionals, concessive conditionals and concessives: areas of contrast, overlap and neutralization. In E. C. Traugott, A. T. Meulen, J. S. Reilly, & C. A. Ferguson (Ed.), On conditionals (pp. 229-246). Cambridge University Press.

König, E. (1994). Concessive clauses. In R. E. Asher (Ed.), The encyclopedia of language and linguistics (pp. 679-681). Pergamon.

König, E., & Auwera, J. van der (1988). Clause integration in German and Dutch conditionals, concessive conditionals, and concessives. In J. Haiman, & S. A. Thompson (Ed.), Clause combining in grammar and discourse (pp. 101-134). John Benjamins.

Montolio Duran, E. (1999). Las construcciones condicionales. In I. D. Barreto, &. I. Bosque (Ed.), Gramática descriptiva de la lengua española (pp. 3643-3737). Espasa-Calpe.

Parazuelos, M. H. C. (1993a). La expresión de la concesividad en español [Tese de Doutorado, Universidad Complutense de Madrid].

Parazuelos, M. H. C. (1993b). “Inhibición” o “indiferencia”: Rasgo común a expresiones de sentido concesivo. Revista de Filología Románica, 10, 107-151. https://dx.doi.org/10.5209/RFRM

Pérez Quintero, M. J. (2002). Adverbial subordination in English: a functionalist approach. Rodopi.

Pérez Saldanya, M. (1999). El modo en las subordinadas relativas y adverbiales. In I. Bosque, & V. Demonte (Eds.), Gramática descriptiva de la lengua española (pp. 3253-3322). Espasa-Calpe.

Pérez Saldanya, M., & Salvador, V. (2009). Oraciones concesivas. In C. Company Company (Ed.), Sintaxis histórica de la lengua española. (pp. 3697-3840). Fondo de Cultura Económica/Universidad Nacional Autónoma de México.

Real Academia Española. (2009). Nueva Gramática de la Real Academia Española. Espasa-Calpe.

Rodríguez Rosique, S. (2008). Pragmática y gramática. Condicionales concesivas en Español. Peter Lang.

Sweetser, E. (1990). From etymology to pragmatics: metaphorical and cultural aspects of semantic structure. Cambridge University Press.

Publicado
2025-04-16
Como Citar
Amorim, C. R. de, Longhin, S. R., & Garcia, T. S. (2025). Estudo diacrônico de orações concessivo-condicionais universais prefaciadas por quienquier(a) que no espanhol peninsular . Acta Scientiarum. Language and Culture, 47(1), e71693. https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v47i1.71693
Seção
Linguística

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus