<b>The <i>Magic Toyshop</i>: a narrativa imagética como processo de recriação</b> - doi: 10.4025/actascilangcult.v35i3.16331
Abstract
Por pertencer a uma prática cultural, a adaptação de um romance para um longa-metragem sempre existirá dentro de um contexto e, ao ser passível de mudanças, modificações correspondentes no âmbito político e até mesmo no significado da história podem ocorrer. Parece ser exatamente esse o resultado da transformação do segundo romance de Angela Carter, The Magic Toyshop, para a narrativa fílmica homônima, dirigida pelo diretor David Wheatley em 1987. Afastada do contexto de produção e publicação, época crucial de questionamentos com relação à importância da mulher na sociedade e na cultura, a trama criada pela autora inglesa nos anos 1960, reescrita duas décadas depois, tendo a própria autora como roteirista, parece ter adquirido outra significação. Embora o filme mantenha o mesmo enredo da obra, o engajamento político visivelmente presente no romance, a saber, a postura crítica de Carter ao modelo de sociedade patriarcal, parece perder sua força, tendo agora como destaque o caráter fantástico. Discutindo brevemente questões como fidelidade e traição de um gênero a outro, busca-se, neste trabalho, observar, tendo como base a perspectiva dos reescritores, ou seja, do diretor e da própria autora enquanto roteirista, a narrativa imagética como um processo de recriação. Neste diálogo, o roteiro também foi utilizado como intertexto para melhor compreensão de tal processo.
Downloads
DECLARATION OF ORIGINALITY AND COPYRIGHTS
I Declare that current article is original and has not been submitted for publication, in part or in whole, to any other national or international journal.
The copyrights belong exclusively to the authors. Published content is licensed under Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0) guidelines, which allows sharing (copy and distribution of the material in any medium or format) and adaptation (remix, transform, and build upon the material) for any purpose, even commercially, under the terms of attribution.
Read this link for further information on how to use CC BY 4.0 properly.