Litania da velha, de Arlete da Cruz: a melancolia, o discurso do abandono e o sagrado
Résumé
O poema Litania da Velha (Cruz, 1997), de Arlete Nogueira da Cruz, condensa as relações entre a narrativa de uma Velha e da cidade de São Luís, especialmente do espaço Centro Histórico. É dentro deste cenário que o sujeito lírico tece a melancolia da passagem temporal, em um transcorrer da vida cotidiana, permeada pela velhice, abandono e sagrado/profano. Neste sentido, a pesquisa tem como objetivos: compreender a presença da melancolia construída dentro do texto em questão; discutir a verossimilhança entre o espaço e a Velha; analisar o discurso do abandono de menores e do sagrado na poética. Para tanto, foi necessário trilhar pela metodologia de cunho qualitativo e bibliográfico, elencando autores como Walter Benjamin (1989), Marcelo Lima Costa (2016), Dinacy M. Corrêa (2010), entre outros trabalhos pertinentes na área. Dessa forma, o presente trabalho se destaca, pois propõe uma óptica diferente acerca do poema maranhense consagrado, bem como porque destaca a produção literária local.
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