<b>A assimetria do ato de linguagem no <i>stand-up comedy
Resumen
Quando, em meados de 2011, um comediante de stand-up se tornou centro de um debate a respeito dos limites e objetivos do humor, outra discussão, não menos relevante foi deixada de lado: o que ocorre na mecânica da representação e dos jogos de cena em uma piada que fracassa? Nosso objetivo é investigar e demonstrar a assimetria entre os processos de produção e interpretação do ato de linguagem. O marco teórico do trabalho situa-se no escopo da ‘Teoria Semiolinguística do Discurso’, de Charaudeau (2001; 2010a; 2010b), e da ‘Filosofia do Ato Responsável’, de Bakhtin (1997; 2012). Compõe o corpus deste trabalho uma piada do comediante Rafinha Bastos, seus desdobramentos e consequências. O trabalho revela que a causa da assimetria verificada na piada reside preliminarmente em uma valoração estética do texto insuficiente às pretensões do sujeito comunicante, o que é decisivo para o fracasso da estratégia discursiva de captação, razão para a transferência da rejeição observada em relação ao sujeito enunciador (EUe) para o sujeito comunicante (EUc) (transferência de efeitos entre os circuitos interno e externo).
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