A teoria antropofágica da tradução no Brasil: o caso Haroldo de Campos
Resumen
O presente artigo tem como objetivo principal analisar em que medida alguns ensaios de Haroldo de Campos (1929-2003), mais especificamente aqueles escritos durante a década de 1960, foram seminais para a construção de uma teoria antropofágica da tradução no Brasil. Entre eles, este estudo elege como objetos de discussão os textos ‘Da tradução como criação e como crítica’ (1962), ‘Arno Holz: da revolução da lírica à elefantíase do projeto’ (1962) e ‘Texto literário e tradução’ (1967), no intuito de perscrutar o caminho de uma possível epistemologia sobre a tarefa tradutória pensada a partir dos trópicos. Para tanto, procuramos investigar por meio de tais ensaios a importância das noções de ‘antropofagia’ e ‘história constelar’ frente ao projeto teórico elaborado por Campos durante o século XX. A partir da perspectiva da crítica literária, da literatura comparada e dos estudos da tradução literária, valemo-nos, atrelados aos preceitos cunhados pelo poeta-tradutor brasileiro, dos postulados de Oswald de Andrade (2017), Walter Benjamin (1994), Jacques Derrida (2009) e Leda Tenório da Motta (2002). Portanto, veiculamos a importância desses postulados para o pensamento de Campos e, por fim, ratificamos a relevância de seus ensaios quando se pensa na desconstrução de um pensamento mais tradicional sobre a tradução literária em solo latino-americano.
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