Tableau Vivant em Lucíola: o ficto na estética romanesca oitocentista
Résumé
Estas considerações voltam-se para o lugar da ficção e do gênero em dois momentos e lugares da prosa de José de Alencar. Destaca-se a saliência do exercício escópico como elemento privilegiado na sua crônica de meio de século (1855), assim como o concurso das artes visuais e cênicas na escrita de seu romance Lucíola (1862). Recorre-se às considerações teóricas de Walter Benjamin sobre as mudanças na sensibilidade ótica, especialmente nas grandes cidades, a partir da segunda metade do século XIX, seja em sua crítica a Baudelaire (1989), seja ainda em suas considerações sobre a fotografia e o cinema (Benjamin, 1994). Apontam-se os limites impostos a esse aparato formal diante do compromisso do ficcionista brasileiro com a edificação moral ao mesmo tempo em que se sugere a produtividade desse momento de sua escrita para a síntese estético-histórica, capitaneada por Machado de Assis no último quartel do século XIX, no que diz respeito ao acabamento magistral da narrativa acentuadamente dramático-cinematográfica deste último escritor.
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