Terminologia e conceitos da linguística cognitiva aplicados à proposição de termos na automação industrial
Résumé
Estabelecer equivalentes terminológicos entre idiomas é um desafio cada vez mais presente nos tempos da 4ª revolução industrial. Schwab (2016) aponta que em nossas sociedades ‘superconectadas’ estamos passando por uma revolução tecnológica de impacto substancial nos meios de produção, prestação de serviços e relações sociais. Inserido no contexto das revoluções tecnológicas, este trabalho consiste na análise de quatro termos referentes ao maquinário utilizado na mecanização de plantio e manejo, de modo a propor equivalentes que possam atender às necessidades de compreensão de conceitos por técnicos brasileiros responsáveis pela operação e manutenção de equipamentos relacionados ao universo da Automação. Tal maquinário compõe um sistema pioneiro no Brasil e foi desenvolvido para mecanizar o plantio e o manejo de mudas de eucalipto visando aumentar as reservas florestais e a produção de celulose da empresa que implantou o sistema em seu parque industrial. A tecnologia, de origem holandesa, foi instalada por técnicos do país de origem em conjunto com profissionais brasileiros, e teve o pesquisador como intérprete no par de língua inglês-português, durante o processo de implantação do sistema. Os termos pesquisados foram prospectados a partir do manual eletromecânico elaborado pelo fabricante dos equipamentos. Por tratar-se de um maquinário inovador, não se encontrou material traduzido para o português do Brasil que descrevesse os equipamentos. Assim, a proposição de equivalentes para termos que referenciam máquinas e processos de montagem se fez necessária para promover a compreensão de conceitos referentes à nova tecnologia. As unidades terminológicas selecionadas para este estudo foram: roller pipe, lifting frame, automatic container stop e drive beam. A análise e proposição dos equivalentes foram realizadas observando-se os princípios da Teoria Sociocognitiva da Terminologia (Temmerman, 2000) e sob a luz dos aportes teóricos da Linguística Cognitiva de Lakoff (1987), Lakoff & Jhonson (1980), Langacker (2000), Talmy (2000), Fillmore (1985) e Fauconnier (1994).
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