ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DA PARTICIPAÇÃO EM GRUPOS DE PESQUISA PARA A FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS EM FÍSICA

  • Néryla Vayne Alves Dias Universidade Estadual de Maringá
  • Valdinei Cézar Cardoso Universidade Estadual de Maringá
  • João Debastiani Neto Universidade Estadual de Maringá

Resumen

O presente trabalho apresenta uma pesquisa sobre a participação em projetos de pesquisa e a formação inicial de professores de física. Tivemos como principal objetivo compreender de que forma a participação em um projeto envolvendo o uso de tecnologias na preparação de aulas de Física contribui para a construção da identidade docente de licenciandos em física, bem como verificar se o envolvimento nessas atividades pôde proporcionar uma formação complementar em Física e a reflexão sobre a própria prática docente. A pesquisa é de abordagem qualitativa, e o instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada realizada com alunos do segundo ano do curso de Licenciatura em Física de uma universidade pública estadual do Noroeste do Estado do Paraná, que participam concomitantemente de Projetos de Iniciação Científica na área de ensino de Física com o uso de tecnologias. Nossas análises evidenciam que a participação em projetos de pesquisa na área de formação de professores contribui para o início da construção da carreira docente, considerando que, nesses projetos, eles vivenciam a docência durante a graduação. O amadurecimento e a aprendizagem dos conceitos (matemáticos, físicos e tecnológicos) também são vistos pelos participantes da pesquisa como algo positivo e propiciado por tais ações. Os resultados apontam que a vivência realizada durante o Projeto de Iniciação Científica (PIC) possibilitou uma formação complementar que amplia o seu aprendizado diante das situações que permeiam a atuação docente, que os alunos não teriam apenas com o curso de formação inicial. 

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Metrics

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Néryla Vayne Alves Dias, Universidade Estadual de Maringá
Licenciada em Física, Mestre em Educação. Docente do Departamento de Ciências da Universidade Estadual de Maringá. Atua principalmente nos seguintes temas: formação de professores de fisica, currículo e uso de novas tecnologias para o ensino de Ciências. 
Valdinei Cézar Cardoso, Universidade Estadual de Maringá
Graduado em Matemática, Especialista em Educação Matemática, Mestre em Educação para a Ciência e o Ensino de Matemática,Doutor em Ensino de Ciências e Matemática pela Faculdade de Educação. Professor Adjunto do Departamento de Ciências da Universidade Estadual de Maringá. Atua na área de ensino de Matemática com ênfase na Modelagem Matemática na educação matemática, jogos digitais, modelos mentais, teoria dos campos conceituais, teoria cognitiva da aprendizagem multimídia, teoria das Representações Semióticas, vídeos digitais no ensino de matemática, educação à distância e novas tecnologias.
João Debastiani Neto, Universidade Estadual de Maringá
Licenciado em Matemática. Mestrado em Educação para a Ciência e a Matemática. Atualmente é Doutorando do Programa de Pós Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática. Docente da Universidade Estadual de Maringá no Departamento de Ciências. Atua na área de Educação Matemática e em Epistemologia Genética

Citas

ALVES. Formação inicial de professores: o curso de Licenciatura em Física- UNESP/FCT – Presidente Prudente/SP em questão. ALVES, 2014, 254p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências e Tecnologia, Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Estadual Paulista. Presidente Prudente, 2014.

AUSUBEL, D.P. ; NOVAK, J.D. e HANESIAN, H. (1980). O significado e a aprendizagem significativa. In:Psicologia educacional. Rio de Janeiro, Interamericana. Tradução ao português, de Eva Nick et al., da segunda edição de Educational psychology: a cognitive view. 623p.

AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.

BARROQUEIRO, C.H.; AMARAL, L.H. O uso das tecnologias da informação e da comunicação no processo de ensino-aprendizagem dos alunos nativos digitais nas aulas de física e matemática. REnCiMa, v. 2, n. 123 2, p. 123‐143, jul/dez 2011.

CAMARGO, S. Discursos presentes em um processo de reestruturação curricular de um curso de Licenciatura em Física: o legal, o real e o possível / Sérgio Camargo, 2007. 287 f. il. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência). Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2007.

CARVALHO, A.M.P. Estudando alguns problemas dos cursos de licenciatura. Ciência e Cultura 42 (1), janeiro de 1990, p. 97-100.

CARVALHO, A.M.P. Reformas nas licenciaturas: a necessidade de uma mudança de paradigma curricular. Em Aberto, Brasília, ano 12, n.54, abr./jun. 1992.

CORTELA, B. S. C. Formadores de professores de física: uma análise de seus discursos e como podem influenciar na implantação de novos currículos/ Beatriz Salleme Corrêa Cortela, 2004, 269 f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências de Bauru, UNESP, 2004.

DANTAS, C.R.S.; MOITA, F. M.G.S.C. Tecnologias no curso de formação de professores de física: uma reflexão a partir das concepções dos licenciandos. IV Colóquio internacional de políticas e práticas curriculares “Diferença nas políticas de currículo”. João Pessoa – PB – Brasil. 10 a13 DE Novembro DE 2009

DEMO, P. Metodologia da investigação em educação. Curitiba: IBPEX, 2005.

FREIRE, P. R. N. Carta de Paulo Freire aos professores. Revista de Estudos

Avançados, vol. 15, n. 42, São Paulo, may/aug., 2001. Disponível em:

HTTP://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-401. Acesso em 26/05/2015)

FREIRE, P. R. N. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática

educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (ano original da publicação).

HOHENFELD, D.P.; PENIDO, M.C.M.; LAPA, J.M. A formação do professor de física e as tecnologias da informação e comunicação. Revista de Educação, Ciências e Matemática v.2 n.1 jan/abr. 2012 ISSN 2238-2380

LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

PEREIRA, J.E.D. As licenciaturas e as novas Políticas Educacionais para a formação docente. Educ. Soc., V.20, n. 68, Campinas, dez. 1999.

________________. Relações de poder no interior do campo universitário e as licenciaturas. Cad. Pesquisa., n. 111, São Paulo, dez. 2000.

PIMENTA, S.G. A formação de professores – saberes da docência e identidade do professor. R. Fac. Educ. São Paulo, v. 22, n.2, p. 72-89; jul/dez 1996.

PIMENTA, S.G. Professor pesquisador: mitos e possibilidades. Contrapontos – volume 5 – n.1. p. 09-22. Itajaí – jan/abr. 2005.

SOUZA, C.A. A identidade de licenciandos em física: em busca de uma caracterização/Carla Alves de Souza, 2012, 290p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências, Instituto de Física, Instituto de Química e Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

STAHL, M.M. Formação de professores para uso das novas tecnologias de comunicação e informação. In: CANDAU, V.M.(org.). Magistério: Construção Cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1997.

TARDIF, M.; RAYMOND, D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educação & Sociedade, ano XXI, nº 73, Dezembro/00.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 10ªed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

TERRAZZAN, E. A., DUTRA, E. F., WINCH, P. G., SILVA, A. A. Configurações curriculares em cursos de licenciatura e formação identitária de professores. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 8, n. 23, p. 71-90, jan./abr. 2007.

Publicado
2016-06-13
Cómo citar
1.
Dias NVA, Cardoso VC, Debastiani Neto J. ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DA PARTICIPAÇÃO EM GRUPOS DE PESQUISA PARA A FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS EM FÍSICA. arqmudi [Internet]. 13 de junio de 2016 [citado 6 de septiembre de 2025];19(2-3):53-2. Disponible en: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/31256
Sección
Artigo Original em Educação Básica ou Superior