CARACTERIZAÇÃO DOS FREQUENTADORES DA ASSOCIAÇÃO NORTE PARANAENSE DE REABILITAÇÃO (ANPR) DE MARINGÁ SUBMETIDOS À AMPUTAÇÃO
Caracterização dos pacientes amputados atendidos na ANPR
Resumen
Introdução: Devido à Diabetes Mellitus (DM) e por acidentes automobilísticos, o número de amputados vem crescendo a cada ano, tornando-se um problema de saúde pública. Após o procedimento cirúrgico, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, sendo o fisioterapeuta essencial nesse processo, permitindo a redução ou prevenção das possíveis complicações que podem surgir além de promover uma melhor independência. Objetivo: Caracterizar os pacientes amputados atendidos na Associação Norte Paranaense de Reabilitação (ANPR) localizada na cidade de Maringá, PR. Metodologia: Foi aplicado a 27 indivíduos, um questionário contendo perguntas referentes à caracterização da amostra, adaptação à prótese, complicações como dor/sensação fantasma e retorno as AVD’s e atividades laborais. Resultado: A amostra foi caracterizada por indivíduos amputados entre 50 - 59 anos, com a prevalência de amputação em um dos membros inferiores, com etiologia maior para as amputações relacionadas a DM. Pouco mais de 50% dos indivíduos conseguiram ter boa adaptação ao uso da prótese e mais de 80% não conseguiram retornar as atividades laborais. Conclusão: Este estudo mostra a necessidade de programas de conscientização e orientação à população, principalmente no que se refere aos pacientes com DM e na prevenção de acidentes automobilísticos. Esses fatores são os que mais expressam a exacerbação de causas de morbidade e mortalidade dos indivíduos, causando sua amputação. Ademais, é possível observar a importância de um bom programa de reabilitação e ações que implementam a acessibilidade no ambiente de trabalho e nova qualificação afim de que esses indivíduos possam retornar as atividades laborais.
Descargas
Metrics
Citas
BENAVENT, J. V; et. al. Sociodemographic determinants for the health-related quality of life of patients with vascular amputations as determined with the prosthesis evaluation questionnaire. International journal of environmental research and public health, v. 17, n. 8, p. 2691, 2020.
BÔAS, E. F. V.; SILVA, M. A. D. Trânsito e segurança pública: impactos e consequências. Humanidades, 4(2), 113-28, 2015.
BOCCOLINI, F. Reabilitação: amputados, amputações e próteses. In Reabilitação: amputados, amputações e próteses p. 254-254, 1990.
BORTOLETTO, M. S. S; et al. Caracterização dos portadores de diabetes submetidos à amputação de membros inferiores em Londrina, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Health Sciences, v. 32, n. 2, p. 205-213, 2010.
BONA, R. L; ALDABE, D; RIBEIRO, J. Avaliação do gasto energético em pacientes amputados de membro inferior protetizados. Arq Sanny Pesq Saúde, v. 1, n. 2, p. 98-108, 2008.
BRASILEIRO, J. L; et al. Diabetic foot: clinical aspects. J Vasc Br, v. 4, n 1, p. 11-21, 2005.
CARVALHO, F. S; et al. Prevalência de amputação em membros inferiores de causa vascular: análise de prontuários. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 9, n. 1, 2005.
CHAN, A. C. R. V; et al. Incidência de amputação em membros inferiores associada diabetes mellitus. Saúde Coletiva, v. 6, n. 33, p. 222-226, 2009.
CHIN, T; et al. Physical fitness of lower limb amputees. American journal of physical medicine & rehabilitation, v. 81, n. 5, p. 321-325, 2002.
DE OLIVEIRA DEMIDOFF, A.; PACHECO, F. G. SHOLL-FRANCO, A. Membro-fantasma: o que os olhos não veem, o cérebro sente. Ciências & Cognição, v. 12, 2007. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/651 Acesso em: 23 de março de 2021.
DE VASCONCELOS, T. B. (2011). Avaliação da qualidade de vida de pacientes amputados transtibiais unilaterais antes e após a protetização. Fisioterapia Brasil, v. 12, n. 4, p. 291-297, 2011.
DORNELAS, L. D. F. Uso da prótese e retorno ao trabalho em amputados por acidentes de transporte. Acta Ortopédica Brasileira, v. 18, p. 204-206, 2010.
DOS SANTOS, L. F; et al. < b> Perfil das Amputações de Membros Inferiores de Pacientes Cadastrados na Associação de Deficientes Físicos de Apucarana. Saúde e Pesquisa, v. 3, n. 1, 2010.
DO PLANEJAMENTO, M. Orçamento e Gestão. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2008.
FLOR, H. Phantom-limb pain: characteristics, causes, and treatment. The Lancet Neurology, v. 1, n. 3, p. 182-189, 2002. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12849487/ Acesso em 27 de março de 2021.
HAWKINS, A. T; et al. O efeito da integração social nos resultados após a
amputação de membros inferiores. Journal of Vascular Surgery [Internet], v. 63, n. 1, p. 154-162, 2016.
HELGESON, M. D; et al. Risk factors for and results of late or delayed amputation following combat-related extremity injuries. Orthopedics, v. 33, n. 9, 2010.
HOLZER, L. A; et al. Body image and self-esteem in lower-limb amputees. PloS one, v. 9, n. 3, p. e92943, 2014.
IMAM, B; et al. Incidence of lower limb amputation in Canada. Canadian Journal of Public Health, v. 108, n. 4, p. 374-380, 2017.
JORDAN, R. W; MARKS, A; HIGMAN, D. O custo de grandes amputações de membros inferiores: Uma experiência de 12 anos. Prosthet Orthot Int, v. 36, p. 430–434, 2012.
KRÖGER, K; et al. Lower limb amputation in Germany: an analysis of data from the German Federal Statistical Office between 2005 and 2014. Deutsches Ärzteblatt International, v. 114, n. 8, p. 130, 2017.
LEITE, C. F; et al. Análise retrospectiva sobre a prevalência de amputações bilaterais de membros inferiores. Jornal Vascular Brasileiro, v. 3, n. 3, p. 206-213, 2019.
MANELLA, K. J. Comparing the effectiveness of elastic bandages and shrinker socks for lower extremity amputees. Physical therapy, v. 61, n. 3, p. 334-337, 1981. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7465627/ Acesso em 26 de março de 2021.
NIKOLAJSEN, L; et. al. A randomized study of the effects of gabapentin on post amputation pain. The Journal of the American Society of Anesthesiologists, v. 105, n. 5, p. 1008-1015, 2006. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17065896/ Acesso em 26 de março de 2021.
O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. ed. São Paulo: Manole, 2010.
PASTRE, C. M; et al. Fisioterapia e amputação transtibial. Arq Ciênc Saúde, v. 12, n. 2, p. 120-4, 2005.
PITTA, G. B. B; et al. Profile of patients with diabetic foot receiving care at the Hospital Escola José Carneiro and at the Unidade de Emergência Armando Lages. J Vasc Br, v. 4, n. 1, p. 5-10, 2005.
POOJA, G. D; SANGEETA, L. Prevalence and aetiology of amputation in Kolkata, India: A retrospective analysis. Hong Kong Physiotherapy Journal, v. 31, n. 1, 36-40, 2013.
RIDDOCH, G. Phantom limbs and body shape. Brain: A Journal of Neurology, 1941. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/1942-04416-001 Acesso em 27 de março de 2021.
ROBBINS, C. B; et al. A review of the long-term health outcomes associated with war-related amputation. Military medicine, v. 174, n. 6, p. 588-592, 2009.
SILVA, A. R; et al. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES SUBMETIDOS À AMPUTAÇÃO POR ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO. Revista Thêma et Scientia, v. 4, n. 2E, p. 104-107, 2014.
SPICHLER, E. R; et. al. Capture-recapture method to estimate lower extremity amputation rates in Rio de Janeiro, Brazil Método de captura-recaptura para estimar las tasas de amputación del miembro inferior en Río de Janeiro, Brasil. Pan American Journal of Public Health, v. 10, n. 5, p. 334-340, 2001.
SUBEDI, B; GROSSBERG, G. T. Phantom limb pain: mechanisms and treatment approaches. Pain research and treatment, 2011.
SUMIYA, A. Satisfação com a saúde e capacidade funcional de idosos amputados. Neurobiologia, v. 72, n. 2, p. 43-50, 2009.
VANCINI, R. L.; LIRA, C. A. B. Aspectos gerais do diabetes mellitus e exercício. Centro de Estudo de Fisiologia do Exercício, 2004.
VARMA, P.; STINEMAN, M. G.; DILLINGHAM, T. R. Physical medicine and rehabilitation clinics of North America epidemiology of limb loss. Physical medicine and rehabilitation clinics of North America, v. 25, n. 1, p. 1, 2014.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY ): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.
