CLEPTOHERBÁRIO E EXPERIMENTAÇÃO: FERRAMENTAS EM UMA SEI PARA ENSINAR BOTÂNICA

  • Andréia Porto Universidade Federal de Mato Grosso
  • Patrícia Carla de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso

Resumen

Muitos docentes permanecem na constância do método único de ensino (aula expositiva) e, em geral, os estudantes costumam ter dificuldades para assimilar os conteúdos, pois alegam que os termos utilizados são muito complicados, difíceis de serem escritos e pronunciados. Esse trabalho é uma pesquisa quanti-qualitativa que teve como objetivo criar, aplicar, avaliar e divulgar uma sequência de ensino investigativo que poderá ser utilizada por outros docentes nas aulas de Botânica sobre morfologias das angiospermas. A proposta foi aplicada de forma remota com 23 estudantes do 2o ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual localizada no município de Campo Verde-MT, entre os meses de maio e junho de 2021. A SEI aqui apresentada está organizada em seis etapas: problematização, experimentação, base teórica, descrição, exsicatas e cleptoherbário. Cleptoherbário é um termo informal que foi utilizado para se referir a um tipo de herbário portátil, o qual se configurou como ferramenta de ensino e avaliação, visto que esta deve acompanhar o processo de ensino e aprendizagem. Para participar dessa pesquisa, os estudantes receberam um guia impresso, um kit para experimentação e um livro de Biologia. Os dados foram coletados por meio dos guias que foram devolvidos na escola e das informações postadas no grupo do WhatsApp, bem como durante a comunicação síncrona no Google Classroom. Os resultados apontam que essa SEI possui boa aplicabilidade e permite aplicar o ensino investigativo nas aulas de Botânica, tornando, assim, o processo de ensino e aprendizagem muito mais dinâmicos e atraente para estudantes e docentes.

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Citas

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Publicado
2022-12-16
Cómo citar
1.
Porto A, de Oliveira PC. CLEPTOHERBÁRIO E EXPERIMENTAÇÃO: FERRAMENTAS EM UMA SEI PARA ENSINAR BOTÂNICA. arqmudi [Internet]. 16 de diciembre de 2022 [citado 6 de septiembre de 2025];26(3):79-4. Disponible en: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/66023
Sección
Artigo Original em Ciências, Biologia e Biodiversidade