DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA MORTALIDADE PREMATURA POR CÂNCER DE PULMÃO NA REGIÃO SUL DO BRASIL
Resumo
Apesar de ser uma doença prevenível com medidas de como evitar o tabagismo e a detecção precoce, o câncer de pulmão (CP) é considerado o tipo de câncer mais letal do mundo, com 1.817.469 óbitos em 2022. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar a distribuição espacial da mortalidade prematura por CP na região sul do Brasil. Trata-se de um estudo ecológico e descritivo baseado no número de óbitos por CP em indivíduos de 30 a 69 anos residentes na região sul do Brasil entre 2017 e 2021 e população idade-ajustada, divididos em faixas etárias (30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 a 69 anos). De posse destes dados, foram calculadas taxas brutas médias por 100.000 habitantes, as quais foram suavizadas pela matriz de vizinhança do tipo “Rainha” para o cálculo dos Índices de Autocorrelação Global e visualização de padrões específicos. Entre 2017 e 2021 foram notificados no sul do Brasil, 17.515 óbitos por câncer de pulmão, sendo 207, 1.074, 5.226 e 11.008 para as faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 a 69 anos, respectivamente A análise espaço-temporal demonstrou correlação positiva para todas as faixas etárias (0,561; 0,599; 0,729 e 0,764 respectivamente), com o aumento e homogeneidade dos conglomerados, os quais eram dispersos na faixa etária de 30 a 39 anos, mas dos 60 a 69 anos formaram conglomerado alto-alto na região sul e baixo-baixo no norte. Conclui-se que com o avançar da idade, há um aumento no número de óbitos por câncer de pulmão no Sul do Brasil e sua distribuição espacial se torna mais homogênea, com formação de grandes conglomerados alto-alto na região sul e baixo-baixo no Norte.
Downloads
Metrics
Referências
ANSELIN, Luc. GIS research infrastructure for spatial analysis for real estate markets. Journal of Housing Research, England, v. 9, n. 1, p. 113-133, 1998.
ANSELIN, Luc. Local Indicators of Spatial Association - LISA. Geographical Analysis, Indonesia, v. 27, n. 2, p. 93-115, 1995.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Malhas territoriais, 2024b. Disponível: www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/malhas-territoriais
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. População, 2022a. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html.
BRASIL. Ministério da Saúde. Mortalidade, 2024a. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/mortalidade-desde-1996-pela-cid-10.
CUSCHIERI, SARAH. The STROBE guidelines. Saudi Journal of Anaesthesia, Saudi Arabia, v. 13, n. suppl 1, p. S31-S34, 2019.
FERNANDES, Gisele Aparecida et al. Inequalities in lung cancer mortality trends in Brazil, 2000-2015. Scientific reports, London, v. 10, p. 19164, 2015.
MALTA, Deborah Carvalho et al. Trends in corrected lung cancer mortality rates in Brazil and regions. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.50, p. 33, 2016.
MARQUES, Vlaudimir Dias et al. Exploring regional disparities in lung cancer mortality in a Brazilian state: a cross-sectional ecological study.PLoS One, California, v. 18, n. 6, p. e0287371, 2023.
MORAGA, Paula, MONTES, Francisco. Detection of spatial disease clusters with LISA functions. Statistics in Medicine, Bethesda, v. 30, n. 15, p. 1807-1817, 2011.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Cancer today. Cancer factsheets, 2022. Disponível em: https://gco.iarc.fr/today/en/fact-sheets-cancers.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Lung cancer, 2023. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/lung-cancer?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjws560BhCuARIsAHMqE0HQsbz6gMLm1JflZARfeltt6i4tHPcv9E9d8PbtjxMu4f3hOsOCCDYaAuwwEALw_wcB.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Premature mortality from noncommunicable disease, 2024. Disponível em: https://www.who.int/data/gho/indicator-metadata-registry/imr-details/3411.
PARADIS, Emmanuel. Moran’s Autocorrelation Coefficient in Comparative Methods, 2023. Disponível em: https://cran.r-project.org/web/packages/ape/vignettes/MoranI.pdf
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY ): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.
