COMPOSIÇÃO DAS CARTEIRAS DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2010 A 2017

Resumo

Este trabalho visa realizar uma análise dos retornos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), no período entre 2010 e 2017. Especificamente, buscou-se identificar em quais tipos de ativos financeiros as EFPC investem seus recursos e a partir disso analisar os diferentes planos de previdência oferecidos por elas. As estimações foram realizadas através de regressões lineares stepwise robustas à heterocedasticidade, o que possibilitou verificar que as EFPC investem a maior parte de seus recursos em fundos e ativos de renda fixa e apenas uma pequena parte em renda variável. Também se verificou que as EFPC aplicaram seus recursos nos investimentos atrelados aos benchmarks que possuem os melhores Índices de Sharpe, ou seja, naqueles que apresentam melhor performance. Quanto aos diferentes tipos de planos oferecidos pelas EFPC, foi possível observar que os de Contribuição Definida apresentam o menor desvio padrão e o maior Índice de Sharpe. A única variável significativa para explicar seus retornos é o Ibovespa, com coeficiente de apenas 0,14, indicando que sua carteira é rentável e diversificada. Já os planos de Benefício Definido têm seus retornos atrelados majoritariamente ao CDI e apresentaram o menor Índice de Sharpe.