A NORMALIDADE DA DESIGUALDADE SOCIAL E DA EXCLUSÃO EDUCACIONAL NO BRASIL

Iracema Santos do Nascimento; Patrícia  Cerqueira dos Santos

doi:10.4025/cadadm.v28i0.53834

Iracema Santos do Nascimento Universidade de São Paulo
Patrícia Cerqueira dos Santos PUC-SP

DOI: https://doi.org/10.4025/cadadm.v28i0.53834

Palavras-chave: Ensino e aprendizado, Ensino remoto, Normalidade da desigualdade social, Desigualdade educacional

Resumo

A implantação do ensino remoto, proposto pelas secretarias estaduais e municipais de educação, está sendo eficaz para o cumprimento do calendário escolar em meio ao distanciamento em tempos de COVID-19? Dentro de um cenário histórico de desigualdade social, que vai desde à falta de estrutura física nas residências, até às diferenças de acesso devido a marcadores como gênero e raça, dentre outros, infere-se que este instrumento com vistas à equidade de acesso ao ensino, não garante a equidade de aprendizado dos alunos, já que todos não compartilham das mesmas condições socio-econômico-culturais, algo que tornou-se uma normalidade excludente e macabra. Se não cabe às redes de ensino e às escolas resolverem problemas estruturais da sociedade brasileira, tampouco podem também ignorá-los. Caso contrário, qualquer proposta de educação imposta verticalmente nesse momento só vai acentuar as desigualdades sociais e educacionais já existentes.

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Biografia do Autor

Iracema Santos do Nascimento, Universidade de São Paulo

Professora doutora na FEUSP (Faculdade de Educação da USP), desde agosto de 2017. Doutora pela FEUSP, com pesquisa sobre gestão pedagógica, estrutura e administração escolar e ensino de leitura literária nos anos iniciais do ensino fundamental. Foi Coordenadora Executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, onde atuou de 2005 a 2014, coordenando diversos projetos e estudos na área de políticas públicas educacionais, em temas como financiamento educacional, custo aluno-qualidade, qualidade da educação, participação e gestão democrática e exclusão escolar. É co-coordenadora do Grupo de Trabalho Gestão Escolar: desafio prático / epistemológico, da RIEAS (Rede Interdisciplinar e Interinstitucional Êxito Escolar, Empoderamento e Ascensão Social). Integrou a Comissão Científica do I Colóquio Nacional em Êxito Escolar, Empoderamento e Ascensão Social realizado pela RIEAS em Mossoró (RN), em junho de 2018. Integra o GEPAE (Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração Escolar), é membro da REPU (Rede Escola Pública Universidade), onde participa da pesquisa ?Política educacional na rede estadual paulista (1995 a 2018)? e é pesquisadora associada do CEAUP (Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto). Trabalhou na Ação Educativa (2002 a 2004), Fundação Abrinq (2002), Cenpec (1999-2001) e Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (1994-1999). Como voluntária, foi assistente do Departamento de Programas Internacionais da ONG War on Want (Londres, 2004-2005), coordenadora geral da ABVP (Associação Brasileira de Vídeo Popular) de 1997 a 2002 e coordenadora da Comissão Pastoral da Terra de Bauru (1992-1993). É membro do Conselho Consultivo da Aliança pela Infância desde 2010.

Patrícia Cerqueira dos Santos, PUC-SP

Possui Mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006); Especialização em História pela mesma instituição (2001); Licenciatura em História pela Universidade Ibirapuera (1997); Complementação Pedagógica pela Universidade Nove de Julho (2012). Trabalhou para a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Professora de Educação Básica II - Efetiva de 1993 a 2015). Trabalhou na rede particular de ensino - Colégio 8 de Maio (1999-2000) e Colégio União Brasileira (1999-2005). Atualmente trabalha para a Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São Paulo (Professora de Educação Básica - História - Efetiva). Membro da Diretoria ANPUH-SEÇÃO SÃO PAULO, onde tem participado na organização das Oficinas de Ensino da História e Jornadas do Ensino de História. Experiência na área de Ensino de História, com ênfase em História da África e das Culturas Africanas e Afrobrasileira; História e Cultura dos Povos Indígenas no Brasil e Formação Docente.

Referências

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