Teorias do senso comum sobre o trabalho do adolescente em São Paulo e Rio de Janeiro - Brasil
Palavras-chave:
Trabalho precoce, Adolescência, Representações sociais, Alceste.
Resumo
Este estudo objetivou a análise das representações sociais do trabalho entre adolescentes de duas capitais brasileiras. A amostra foi composta por 208 adolescentes de São Paulo e 180 do Rio de Janeiro, na faixa etária de 14 a 22 anos, trabalhadores e não trabalhadores, estudantes do ensino médio público. A coleta de dados consistiu em 40 grupos focais, direcionados pelos temas escola, cotidiano, trabalho na adolescência e futuro. O tratamento dos dados foi realizado com o software Alceste 4.7, e os resultados analisados dentro das dimensões que configuram uma representação social: atitudes, imagens e informação. Os resultados da análise Alceste foram organizados em um dendograma, e distribuídos em dois blocos textuais denominados: “O Universo das Relações Interpessoais e Afetivas na Adolescência e o Cotidiano” e “O Universo do Trabalho e da Escola e o Espaço de Transição entre o Ser Criança e o Ser Adulto”. O primeiro desdobrou-se em duas categorias: “Sobre Amigos e Colegas: formas e expressões dos relacionamentos interpessoais e afetivos na adolescência” e “O Cotidiano do Adolescente”. O segundo bloco textual originou quatro categorias: “O Universo da Escola e suas Interrelações”, “Falando de Futuro: os adolescentes entre planos e sonhos”, “A Família e sua Projeção de Futuro” e “O Mundo do Trabalho”. Observou-se uma contradição entre a representação do trabalho como valor moral e positivo para o desenvolvimento psicossocial dos jovens e os problemas de ensino-aprendizagem que decorrem das dificuldades da estruturação do ensino público, e também da sobrecarga física e psicológica imposta ao adolescente trabalhador nas duas capitais analisadas.Downloads
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Publicado
2008-09-16
Como Citar
Oliveira, D. C., Fischer, F. M., Teixeira, M. C. T. V., & Gomes, A. M. T. (2008). Teorias do senso comum sobre o trabalho do adolescente em São Paulo e Rio de Janeiro - Brasil. Ciência, Cuidado E Saúde, 5(2), 135-146. https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v5i2.5054
Edição
Seção
Artigos originais