A representação da utopia pervertida em "O homem que amava os cachorros", do escritor cubano Leonardo Padura

  • Maria Analice Pereira da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Pessoa/PB, Brasil

Abstract

Em O homem que amava os cachorros, o escritor Leonardo Padura desenvolve uma arquitetura narrativa que chama atenção em um de seus elementos primordiais – o narrador – considerado relevante para a representação do tema a que se propõe: a compaixão, como desdobramento do que o próprio narrador chama de “utopia pervertida”. Limitar-nos-emos, assim, a oferecer uma possível chave de leitura para a interpretação das ações do narrador Iván, que também é personagem protagonista, e das reflexões que ele apresenta em torno dos fatos que narra e que, direta ou indiretamente, estão relacionados ao tema em questão. Entende-se, portanto, que, por essa chave de leitura, é possível perceber a representação de uma condição humana, pela figura do narrador Iván, cuja ótica, em sua relação intrínseca com o lugar que ocupa e representa no espaço-tempo romanesco – Cuba nas décadas de 1970/80/90/2000 – formaliza, estética e dialeticamente, as várias faces da compaixão, inclusive quando trata de outros sentimentos adversos.

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Pubblicato
2016-07-04
Come citare
Silva, M. A. P. da. (2016). A representação da utopia pervertida em "O homem que amava os cachorros", do escritor cubano Leonardo Padura. Dialogos, 20(1), 20 - 27. Recuperato da https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/32270