Liquidação de operadoras de planos de assistência à saúde no Brasil

Resumo

O mercado de saúde suplementar tem crescido sobretudo na última década. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o sistema contava com 47,9 milhões de usuários em dezembro de 2016. Embora o crescimento de usuários, a quantidade de operadoras de planos de saúde (OPS) vem caindo desde a criação da ANS. Quando detectadas anormalidades graves de ordem operacional e econômico-financeiro das OPS, a ANS pode decretar regimes especiais, atuando de forma mais efetiva na recuperação das operadoras. O objetivo deste estudo foi analisar a influência da regulação e das intervenções da ANS na continuidade das OPS. Foi utilizada uma regressão logística de dados em painel com efeitos aleatórios, utilizando-se de 26 variáveis econômico-financeiras obtidas por meio de indicadores calculados a partir das informações contábeis das operadoras e variáveis dummies relacionadas às características das operadoras. Uma variável que medisse a influência da ANS na continuidade das OPS também foi utilizada, demonstrando-se significativa para previsão da insolvência. Pesquisas futuras podem abordar a técnica de regressão para dados de sobrevivência como Riscos Proporcionais de Cox e adotar critério de classificação das empresas insolventes com base em índice de margem de solvência das OPS.

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Biografia do Autor

Ciro Gustavo Bragança, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Contador, mestre em Ciências Contábeis e especilista em Gestão Sistêmica e Gestão de Serviços de Saúde, é professor universitário e pesquisador nas seguintes áreas: finanças, contabilidade e custos.
Laura Edith Taboada Pinheiro, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Doutora em Contabilidade e Finanças e Mestre em Contabilidade Internacional pela Universidad de Zaragoza e Contadora pela Universidad Nacional del Litoral. Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal de Minas Gerais.
Valéria Gama Fully Bressan, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Professora Adjunta do Departamento de Ciências Contábeis da UFMG e do Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Controladoria e Contabilidade - CEPCON/FACE/UFMG. Possui graduação em Administração com habilitação em Cooperativas (1995-1999) pela UFV, mestrado (2000-2002), doutorado (2006- 2009) e pós doutorado (2010) em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa.
Luiz Augusto de Carvalho Francisco Soares, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Doutor em Administração - Finanças pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2014). Bacharel em Direito pelo Centro Universitário do Norte (2004). Mestre em Administração - Finanças pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998).Pós-Graduado em Auditoria pelo ISAE/FGV (1992). Bacharel em Ciências Contábeis pelo Centro de Ensino Superior do Amazonas (1991). Atualmente é Professor Associado Universidade Federal do Amazonas. Vice-Diretor da Faculdade de Estudos Sociais - FES/UFAM, coordenador do Curso de Mestrado em Contabilidade e Controladoria Stricto Sensu da FES - Faculdade de Estudos Sociais - UFAM, Coordenador Acadêmico do curso de Especialização em Gestão Contábil - Tributária - Lato Sensu. Advogado e Contador Tributarista. Consultor Financeiro. Auditor.
Publicado
2019-09-17
Como Citar
Bragança, C. G., Pinheiro, L. E. T., Bressan, V. G. F., & Soares, L. A. de C. F. (2019). Liquidação de operadoras de planos de assistência à saúde no Brasil. Enfoque: Reflexão Contábil, 38(2), 33-47. https://doi.org/10.4025/enfoque.v38i2.43515
Seção
Artigos Originais