A crise da Argentina e os objetivos dos EUA

  • Luiz Alberto Moniz Bandeira UNB, Brasil
Palavras-chave: Política externa, EUA, Argentina, Relações internacionais

Resumo

É possível, segundo hipótese levantada por um acadêmico norte-americano, que a abrupta retirada do apoio à Argentina pelo governo de Washington tenha sido influenciada pela oposição dos EUA ao crescimento da economia brasileira e ao propósito de Brasília de participar das negociações para a formação da ALCA em posição de força, baseada no Mercosul. O enfraquecimento da Argentina representa uma forma indireta de retardar o crescimento do Brasil. A percepção no exterior é de que Brasil e China são os dois únicos grandes países que atualmente mais resistem à hegemonia dos EUA. E atualmente em Washington não há  ilusões quanto ao afastamento cada vez maior do Brasil, “discreto na aparência, perigoso na tendência”, conforme a expressão usada por  Oliveiros S. Ferreira, ao analisar as tendências do regime militar, já em 1967, fim do governo do marechal Humberto Castelo Branco.

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Biografia do Autor

Luiz Alberto Moniz Bandeira, UNB, Brasil

Doutor em Ciência Política, professor titular (aposentado) de História da Política Exterior do Brasil na Universidade de Brasília e autor de várias obras sobre as relações dos EUA com o Brasil e os demais países da América Latina, entre os quais O Governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil - 1961-1964 e De Marti a Fidel: a revolução cubana e a América Latina.

Publicado
2017-12-14
Como Citar
Moniz Bandeira, L. A. (2017). A crise da Argentina e os objetivos dos EUA. Revista Espaço Acadêmico, 2(15). Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/40634