Em busca de uma atuação para sensibilização em Ecologia Integral

Palavras-chave: Educação Ambiental, Práticas Educativas, Interculturalidade, Memória Social, Sustentabilidade.

Resumo

Este artigo indaga sobre a necessidade de conteúdos educativos ambientais para a atuação de docentes e discentes da Educação Básica que digam respeito à formação social a que eles pertencem. Em busca de novos paradigmas de ciência contra hegemônica, faz-se uma reflexão sobre a atuação ambiental de grandes mestres do povo brasileiro que, em suas ações coletivas, guiaram movimentos onde predominavam valores do que atualmente se nomeia por convivialidade e nos quais se praticavam uma ecologia integral. A observação fundante se refere a conteúdos de “raiz” inspirarem práticas educativas ambientais voltadas para o bem estar coletivo e para a sustentabilidade humana e ambiental. Tendo como referência a memória de movimentos de trabalhadores rurais, considera-se que há nas memórias coletivas de grupos populares e tradicionais um imenso repositório de conteúdos autóctones que podem ser tomados como parâmetros nas abordagens educativas ambientais voltadas para o bem estar coletivo e para a sustentabilidade ambiental. Com base na memória de movimentos sociais no campo cearense e nordestino brasileiro sugere-se que o estudo da atuação de lideranças rurais e seus termos de referência podem contribuir para a educação ambiental, no fortalecimento de práticas sociais e na construção do pensamento de comunidades.

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Biografia do Autor

Domingos Sávio de Almeida Cordeiro, Universidade Regional do Cariri

Possui graduação em Comunicação Social e em Ciências Sociais, mestrado (2002) e doutorado (2009) em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará com sanduíche no Instituto de Ciências Sociais – ICS, na Universidade de Lisboa. Realizou estágio como visitante no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais – IFCS, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professor associado da Universidade Regional do Cariri - Ceará. Possui experiência na área de Sociologia atuando com ênfase nos seguintes temas: memoria social, sociologia das cidades, ecologia social, educação ambiental, ensino de sociologia e metodologia da pesquisa. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental Dialógica, Perspectiva Eco-Relacional e Educação Popular Freireana – GEAD; membro do Núcleo de Estudos Regionais – NERE.

João Batista de Albuquerque Figueiredo, Universidade Federal do Ceará

Professor Pesquisador do Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará, professor associado do Departamento de Teoria e Prática do Ensino da Faculdade de Educação da UFC. Têm Pós-doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina, com trabalho acerca da Interculturalidade, Descolonialidade e Perspectiva Eco-relacional. Possui Doutorado em Ciências (Ecologia e Recursos Naturais/sub-área: Educação Ambiental) pela Universidade Federal de São Carlos (2003), com tese sobre Educação Ambiental Dialógica numa Abordagem Freireana; Mestrado em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará (1999), com uma dissertação acerca da Epistemologia e Educação Ambiental. É Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental Dialógica, Perspectiva Eco-Relacional e Educação Popular Freireana - GEAD. Possui experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Ambiental, Educação Popular Freireana, Didática, Novos Paradigmas Epistemo-Educativos e Formação Docente. Criador da Perspectiva Eco-Relacional e da Educação Ambiental Dialógica. É pesquisador membro da Association Internationale pour la Recherche Interculturelle (ARIC). Membro do Centro Paulo Freire de Estudos e Pesquisas.

Publicado
2018-08-07
Como Citar
Cordeiro, D. S. de A., & Figueiredo, J. B. de A. (2018). Em busca de uma atuação para sensibilização em Ecologia Integral. Revista Espaço Acadêmico, 18(207), 37-49. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/43385
Seção
DOSSIÊ: EPISTEMOLOGIAS QUEER, FEMINISTAS E DE GÊNERO (Orgs.: Dr. Alexandre Fernandes e Dr. Marcos Lopes de Souza)