Feminicídio e suas interfaces com o patriarcado em tempos de Covid-19

  • Edilcinha Magalhães Secretaria Estadual de Saúde Pública - SESPA
Palavras-chave: Violência de gênero. Políticas de Proteção. Estratégias de Enfrentamento. Educação. Desconstrução do Machismo.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo abordar a violência de gênero que culmina na sua fase mais brutal, o feminicídio; fazer um levantamento dessa realidade social no Brasil fundada no patriarcado, com recortes no ambiente da Covid-19, que ao provocar o isolamento social deixou as mulheres ainda mais vulneráveis à violência doméstica; pensar estratégias de enfrentamento e prevenção desta problemática, pois os dados mostram que esse tipo de violência se tornou rotineiro, mesmo após o endurecimento das leis de proteção à mulher, e que só vem aumentando a cada ano, o que demonstra a necessidade de se investir na educação desde a infância a fim de conscientizar e desmistificar a mulher como um ser submisso, numa perspectiva de desconstrução do machismo cultural, uma vez que não é o fim do confinamento que resolveria essa questão, visto que ele apenas trouxe à tona o que permanece velado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Edilcinha Magalhães, Secretaria Estadual de Saúde Pública - SESPA

Graduada em Serviço Social pela Faculdade Pan Amazônica (FAPAN). Pós-Graduada em Políticas Públicas e Sociais pelo Instituto Superior de Educação Ibiturana (ISEIB) e Antropologia Brasileira pela Faculdade Única de Ipatinga (FUNIP). Atualmente é servidora da Secretaria Estadual de Saúde Pública do Pará (SESPA). 

Referências

AGÊNCIA SENADO. Educação é fundamental na luta contra o feminicídio, dizem debatedores. 9 mar. 2020. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/03/09/educacao-e-fundamental-na-luta-contra-o-feminicidio-dizem-debatedores. Acesso em: 25 jun. 2020.

AGUIAR, Neuma. Patriarcado, sociedade e patrimonialismo. Sociedade e estado, v. 15, n. 2, p. 303-330, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/se/v15n2/v15n2a06.pdf. Acesso em: 07 mar. 2020.

BRASIL. Lei n. 11.340 de 07 de Agosto de 2006. Dispõe sobre a Lei Maria da Penha. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 26 mar. 2020.

BRASIL. Lei nº 13.104, de 09 de Março de 2015. Dispõe sobre a Lei do Feminicídio. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm. Acesso em: 26 mar. 2020.

COSTA, J. F. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
FALEIROS, V. P.; FALEIROS, E. S. Escola que protege: enfrentando a violência contra crianças e adolescentes. Brasília: Ministério da Educação, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=638-vol-31-escqprotege-elet-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 25 jun. 2020.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro da Segurança Pública 2019. FBSP, 2019. Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf. Acesso em: 20 jun.2020.

INÁCIO, Míriam de Oliveira. Violência de gênero e Serviço Social: ethos e ação ético-política no âmbito das Delegacias da Mulher. 2003. 171 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, UFPE, Pernambuco, 2003. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9954. Acesso em: 31 maio 2020.

IPEA. Políticas Sociais: acompanhamento e análise. Disponível em:
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4136/1/bps_17_vol003_completo.pdf. Acesso em: 05 jun. 2020.

ISOLAMENTO por coronavírus aumentou briga de casais em 431%, afirma pesquisa. O Globo Sociedade, 20 abr. 2020. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/isolamento-por-coronavirus-aumentou-briga-de-casais-em-431-afirma-pesquisa-24382476. Acesso em: 05 jun. 2020.

MAIOR consumo de álcool durante confinamento eleva risco de alcoolismo e violência doméstica. Huffpost Brasil, 21 abr. 2020. Disponível em: https://www.huffpostbrasil.com/entry/alcool-quarentena_br_5e9f1e51c5b6a486d07fe328?fbclid=IwAR0ChLHkRa2bQbNcx8C-z7vjFR7U8ukHM87JahCeIpSz1IIADIlxhscO-qE. Acesso em: 30 abr. 2020.

NADER, Maria Beatriz. Mulher: do destino biológico ao destino social. Vitória: Ed UFES/ Centro de Ciências Humanas e Naturais, 2001.

SUBNOTIFICAÇÃO da violência contra a mulher cresce e exige inovação dos canais de denúncia. Rede Brasil Atual, 20 abr. 2020. Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2020/04/coronavirus-violencia-contra-mulher/. Acesso em: 05 jun. 2020.

TOLEDO, Eliza. O aumento da violência contra a mulher na pandemia de Covid-19: um problema histórico. Agência Fiocruz de Notícias, Rio de Janeiro, 29 abr. 2020. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/o-aumento-da-violencia-contra-mulher-na-pandemia-de-covid-19-um-problema-historico. Acesso em: 25 jun.2020.

VIOLÊNCIA contra as mulheres e meninas é pandemia invisível, afirma diretora executiva da ONU Mulheres. ONU Mulheres, 07 abr. 2020. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/noticias/violencia-contra-as-mulheres-e-meninas-e-pandemia-invisivel-afirma-diretora-executiva-da-onu-mulheres/. Acesso em: 25 jun. 2020.
Publicado
2020-09-21
Como Citar
Magalhães, E. (2020). Feminicídio e suas interfaces com o patriarcado em tempos de Covid-19. Revista Espaço Acadêmico, 20(224), 81-91. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/54784
Seção
DOSSIÊ: Feminicídio em tempos de COVID19