Decolonizando a cena:

práticas teatrais de artistas negros no Brasil

  • Danusa de Oliveira Jeremin USP - Universidade de São Paulo
Palavras-chave: teatro negro; decolonial; eurocêntrico; branquitude

Resumo

O presente artigo tem como objetivo demonstrar como a arte, principalmente aquela produzida por sujeitos pertencentes a grupos historicamente oprimidos, pode ser um importante instrumento de ressignificação dos lugares socialmente imaginados. Partindo do relato da experiência do Coletivo Negro, grupo teatral da cidade de São Paulo, cujas produções são marcadas pela discussão acerca das questões estéticas e socioeconômicas do negro brasileiro, pretendemos demonstrar como a companhia consegue ser um contraponto ao construto eurocêntrico-colonial-ocidental por sua vez formado sob o viés binário, dicotômico e hierárquico da branquitude, que suplanta modos de vida e conhecimentos que operam fora da ideia de razão iluminista e individualista. O Coletivo Negro trabalha coletivamente em sua pesquisa teatral a subjetividade negra das mais diversas formas, denunciando a realidade social do negro no Brasil e reimaginando locais de pertencimento, na tentativa de desfazer violências perpetuadas durante séculos, e movimentando experiências e memórias coletivas.

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Biografia do Autor

Danusa de Oliveira Jeremin, USP - Universidade de São Paulo

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo. (PPGAS-FFLCH/USP). Pesquisadora do NAPEDRA: Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (PPGAS-FFLCH/USP) e do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (CLADIN- UNESP/Araraquara) e do Laboratório de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e da Diversidade (LEAD- UNESP/Araraquara). Bolsista CAPES.  Faço parte do grupo de estudos NAPEDRA - (Núcleo de Antropologia, Performance e Drama) - (PPGAS - FFLCH).

Publicado
2022-03-01
Como Citar
Jeremin, D. de O. (2022). Decolonizando a cena:. Revista Espaço Acadêmico, 21(233), 96-108. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60370