Tupixuara Moingobé Ñerana:

autodeclaração indígena como retomada da indianidade e territórios

  • Casé Angatu (Carlos José F. Santos) Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC - Ilhéus/Bahia
Palavras-chave: Povos Indígenas, Decolonialidade, Subjetivação Originária; Identidade, Protagonismo, (Re)Existência

Resumo

Este artigo discuti algumas dimensões pelas quais indígenas (individual e coletivamente) em diferenciados contextos históricos, territoriais, espirituais e psicossocioculturais protagonizam o autorreconhecimento identitário e autodemarcação de suas terras. Conceitualmente compreende esse processo como de indianização (ou indianidade), marcado por subjetivações de t-eté (corpos), anga (almas) e aupaba (terras originárias), relativas às cosmologias indígenas e fortalecimento do Tupixuara Moingobé Ñerena (Espírito Originário que re-existi e resisti). Subjetivações constituídas de formas decoloniais diversas através das manifestações de resistências e (re)existências cotidianas. Pondera também sobre as diferentes estratégias de enfretamento protagonizadas por pessoas indígenas e Povos Originários contra os discursos e ações de apagamento e silenciamento. Assim, trata também de algumas das negações e impedimentos às autodeclarações indígenas e das retomadas das terras ancestrais, ponderando sobre as possíveis relações com estruturais discursos e práticas de racismos, genocídios e etnocídios.

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Biografia do Autor

Casé Angatu (Carlos José F. Santos), Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC - Ilhéus/Bahia

Indígena  e morador no Território Tupinambá em Olivença (Ilhéus/BA) na Taba Gwarïnï Atã; Docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia - Campus Jorge Amado (PPGER-UFSB-CJA); Docente da Universidade Estadual de Santa Cruz – (UESC/Ilhéus/BA); Pós-Doutorando em Psicologia na UNESP/Assis/SP; Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP); Organizador/Docente do Curso de “Extensão Histórias, Culturas Indígenas e a Cidade de São Paulo”; Mestre em História pela PUC/SP; Historiador pela UNESP; autor dos livros: “Nem Tudo Era Italiano – São Paulo e Pobreza na Virada do Século (1890-1915)” (4a. Edição – 2018), “Identidades Urbanas e Globalização: constituição dos territórios em Guarulhos/SP” (2006), um dos Autores dos Livros: “Índios no Brasil: Vida, Cultura e Morte” (2018);  “A Lei 11.645/08 nas artes e na educação: perspectivas indígenas e afro-brasileiras” (2020); “Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo” (2020); “Cadernos da Casa Museu Ema Klabin; v. 2: identidades paulistanas.”

Publicado
2021-11-01
Como Citar
(Carlos José F. Santos), C. A. (2021). Tupixuara Moingobé Ñerana:. Revista Espaço Acadêmico, 21(231), 13-24. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60509
Seção
DOSSIÊ: De/s/colonização estética: saberes tradicionais, artes, dissidências.