Sociologia da inteligência artificial

Walter Praxedes

Walter Praxedes UEM

Palavras-chave: Sociologia; Inteligência artificial; Sociologia da ciência.

Resumo

Este artigo apresenta uma discussão sociológica sobre o campo da inteligência artificial. Com o apoio de uma pesquisa de revisão bibliográfica abordamos os limites da inteligência artificial, atualmente baseada nas redes neurais de aprendizado profundo, em comparação com a inteligência humana. Discutimos a dimensão política da inteligência artificial no mundo contemporâneo, o seu uso para fins nocivos aos direitos humanos nas guerras que se travam atualmente, na vigilância, espionagem e manipulação do comportamento humano para fins políticos, comerciais e de controle social. O objetivo deste trabalho é demonstrar como a crítica sociológica à inteligência artificial pode se constituir em um recurso fundamental para que os seres humanos não percam o controle sobre o desenvolvimento dessa tecnologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Walter Praxedes, UEM

Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Professor Associado do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Atualmente coordena o Projeto de Pesquisa Institucional "A sociologia e os algoritmos de inteligência artificial".

Referências

BENGIO, Yoshua. La révolution de l’apprentissage profond, Pour la Science Hors-Série n° 98, pp. 43-48, février-mars 2018.
BOURDIEU, Pierre. Sociologia geral. Vol. 2: Habitus e Campo. Petrópolis (RJ), Vozes, 2021.
______. Questões de sociologia. Rio de Janeiro, Marco Zero, 1983.
______. Para uma sociologia da ciência. Lisboa, Edições 70, 2004.
CARDON, Dominique. “Internet par gros temps.” In: CARDON, Dominique; CASSILI, Antonio A. Qu'est-ce que le digital labor? Bry-sur-Marne, INA Éditions 2015.
CARDON, Dominique. Culture numérique. Paris, Presses de Sciences Po, 2019.
______. A quoi revênt les algorithmes: Nos vies à l’heure des big data. Paris, Éditions du Seuil et La République des Idées, 2015.
______. « Le pouvoir des algorithmes », Pouvoirs, 2018/1 (N° 164), p. 63-73. DOI: 10.3917/pouv.164.0063. URL: https://www.cairn.info/revue-pouvoirs-2018-1-page-63.htm Acesso em 06/07/2023
______. “Dans l'esprit du PageRank Une enquête surl'algorithme de Google”. Dominique Cardon Dans Réseaux 2013/1(n°177), pages 63 à 95 Éditions La Découverte. Article disponible en ligne à l’adresse https://www.cairn.info/revue-reseaux-2013-1-page-63.htm Acesso em 20 jun. 2023
CARDON Dominique, SMOREDA Zbigniew, «Réseaux et les mutations de la sociabilité», Réseaux, 2014/2-3 (n° 184-185), p. 161-185. DOI: 10.3917/res.184.0161. URL: https://www.cairn.info/revue-reseaux-2014-2-page-161.htm
CARDON, Dominique; COINTET, Jean-Philippe; MAZIÈRES,Antoine. La revanche des neurones: L’invention des machines inductives et la controverse de l’intelligence artificielle : L’invention des machines inductives et la controverse de l’intelligence artificielle. Réseaux : communication, technologie, société, 2018, 5 (211), pp.173-220. ff10.3917/res.211.0173ff. ffhal-02005537f
COLLINS, Harry (2018), Artifictional Intelligence. Against Humanity’s Surrender to Computers, Cambridge, Polity Press
COLLINS Harry, « Sociologie méta-appliquée et intelligence artificielle », Zilsel, 2019/1 (N° 5), p. 161-173. DOI : 10.3917/zil.005.0161. URL: https://www.cairn.info/revue-zilsel-2019-1-page-161.htm
DOMINGOS, Pedro. O Algoritmo Mestre. Como a busca pelo Algoritmo de Machine Learning definitivo recriará nosso mundo. São Paulo: Novatec, 2017
FINN, Megan. Les racines historiques et matérielles de l’innovation numérique. Entrevista a par Jules Naudet , le 8 juin 2022. Disponível em:
https://laviedesidees.fr/Les-racines-historiques-et-materielles-de-l-innovation-numerique Acesso em 08/07/2023
LECUN, Yann. Les Enjeux de la Recherche en Intelligence Artificielle. Leçon Inaugurale le 04 février 2016. Disponível em :
https://www.college-de-france.fr/sites/default/files/documents/presse/UPL7132967935621487999_Dossier_YLeCun.pdf Acesso em 30/05/2023
MCCARTHY J., MINKSY M. L., ROCHESTER N., SHANNON C. E. (2019 [1955]). A proposal for the Dartmouth summer research projet on artificial intelligence. Disponível em: http://jmc.stanford.edu/articles/dartmouth/dartmouth.pdf Acesso em 19/06/23
PRAXEDES, Walter. (2024). Sociologia das redes sociais. Revista Espaço Acadêmico, 23(243), 202-217. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/71012
RUSSEL, Stuart. Inteligência artificial a nosso favor – como manter o controle sobre a tecnologia. São Paulo, Companhia das Letras, 2021.
SIEBEL, Thomas M. Transformação Digital – Como sobreviver e prosperar em uma era de extinção em massa. Rio de Janeiro, Alta Books, 2021.
THIBOUT, Charles. Nouvelle gouvernementalité et fin du politique Libéralisme, contrôle social et privatisation du pouvoir” In: BARRAUD, Boris (Dir.). L’intelligence artificielle Dans toutes ses dimensions. Paris, L’Harmattan, 2020.
VAYRE, Jean-Sébastien. Intelligence artificielle: entre Science et marché - Quelques éléments sociohistoriques pour mieux comprendre une étrange expérimentation scientifique (1956-1990). F.F.E. | « Annales des Mines - Gérer et comprendre » 2021/3 N° 145 | pages 55 à 69 ISSN 0295-4397 DOI 10.3917/geco1.145.0055 Article disponible en ligne à l'adresse : https://www.cairn.info/revue-gerer-et-comprendre-2021-3-page-55.htm Acesso em 19/06/23
VAYRE, Jean-Sébastien; Gérald GAGLIO, L’intelligence artificielle n’existe-t-elle vraiment pas ? Quelques éléments de clarification autour d’une science controversée. In: Diogène 2020/1(n° 269-270), pages 107 à 120 ÉditionsPresses Universitaires de France
VANNIEUWENHUYZE, Aurélien. Intelligence artificelle vulgarisée: Le Machine Learnin et le Deep Learning para la pratique. Paris, Editions ENI, 2019.
VELKOVSKA, Julia. « Harry COLLINS (2018), Artifictional Intelligence. Against Humanity’s Surrender to Computers », Communication [En ligne], vol. 37/2 | 2020, mis en ligne le 07 septembre 2020, consulté le 12 juin 2023. URL: http://journals.openedition.org/communication/12333
ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância. Rio de Janeiro, Instrínseca, 2021.