DERRIDA E A DIFERENÇA CURRÍCULO COMO ZONA DE TRADUÇÃO
CURRÍCULO COMO ZONA DE TRADUÇÃO
Resumo
Este texto parte de uma pesquisa-intervenção realizada em uma escola pública da cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro (Brasil), para configurar uma reflexão sobre teoria de currículo e diferença. No projeto, como no texto, propomos pensar com Derrida para tomar currículo como zona de tradução. Para tanto, nós reconstituímos a imagem de pensamento da tradução a partir da tradução do jogo gráfico-fonético différence/différance. Em seguida, interrogamos brevemente textos políticos a partir do exercício de criação de memórias futuras com a escola e, na sequência, seguimos complicando algumas crenças pedagógicas, movendo-nos em direção a uma teoria curricular comprometida com a alteridade radical. Nosso argumento insiste em uma teorização de currículo que possa levar em conta o intercâmbio de discursos fora de si, uma certa confusão resultante dos jogos de disseminação e disjunção e uma esfera afetiva associada ao contato forçado de viver juntos que esfolia a pele do sujeito autônomo.
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