Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana
Abstract
Neste texto, discute-se como a questão da aprendizagem humana, na teoria da iluminação divina, em Santo Agostinho, é abordada em negação à teoria do conhecimento de Platão. Nas reflexões agostinianas sobre a iluminação e sobre a interioridade, a busca do homem espiritual é destacada como um exercício precípuo para se alcançar a verdade, o conhecimento pleno. Assim, ele se opõe à reminiscência platônica, que sustentava o inatismo da aprendizagem. Nessa reflexão, Santo Agostinho também aborda a possibilidade e o sentido da comunicação estabelecida entre mestre e discípulo e a apresenta como parte significativa da dinâmica ensino-aprendizagem. Para Santo Agostinho, no processo de aquisição do conhecimento, há de se considerar a distinção entre o signo e a palavra. Segundo nosso pensador, para uma palavra ser considerada signo, faz-se necessário o reconhecimento do seu significado, pois ela é identificada por aquilo que representa na realidade e não pela percepção que se tem dela. Apesar de apontar suas limitações, ele entende que as palavras são significativas no processo ensino-aprendizagem. Na busca desses referenciais agostinianos, foram privilegiadas algumas de suas reflexões, entre as quais estão De Magistro, A Cidade de Deus e Solilóquios. Vale considerar que essas reflexões agostinianas não são frutos do acaso, mas respondem às necessidades apresentadas em seu tempo. Isto posto, entende-se que o pensar formativo proposto por Santo Agostinho passa pelas relações que os homens estabelecem entre si, tendo em vista a produção e a reprodução de sua existência em momentos históricos determinados.
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