AGRESIONES EN LAS ESCUELAS Y DISCURSO DEL ODIO ENTRE LOS JÓVENES
REPERCUSIONES Y REFLEXIONES
Resumen
En la historiografía de la violencia, los registros de ataques a escuelas eran episodios fortuitos. Sin embargo, se observa un aumento progresivo de este tipo de violencia desde 2017, resultando en 49 ataques. Investigar estos atentados cometidos por jóvenes requiere comprender las distintas dimensiones de la violencia escolar y, en particular, la relación entre el discurso de odio y la juventud brasileña. Las explicaciones sobre los ataques a veces se centran en las prácticas de acoso escolar, otras en el acceso a armas de fuego; además, la participación de los jóvenes en grupos extremistas surge como un elemento que debe ser problematizado. Conscientes de la complejidad de este fenómeno, este análisis buscó investigar los ataques escolares brasileños y se basó en los preceptos de Peter Gay sobre el cultivo del odio, la tesis de Adriana Dias sobre la formación del sujeto en los grupos neonazis y las reflexiones sobre los tiroteos escolares de Glenn Muschert y Johanna Sumiala para evaluar los episodios en Realengo, Suzano, Barreiras, Aracruz y Cambé. Esta investigación, de carácter exploratorio y cualitativo, se apoyó en métodos amplios, desde el uso de fuentes secundarias (documentales) hasta los materiales elaborados por los jóvenes perpetradores. En los casos analizados, estos individuos recurrieron a prácticas de copycat crimes, enalteciendo la tragedia de Columbine y haciendo apologías al nazismo. Se observa una mezcla de discursos de odio, entrelazados con principios de misoginia, reflejando la cooptación de estos jóvenes por parte de actores antidemocráticos en grupos en línea. Los ataques escolares nos alertan sobre la necesidad de problematizar los caminos de la cultura juvenil y establecer políticas públicas eficaces para la moderación de redes y medios sociales que violan los derechos humanos.
Descargas
Metrics
Citas
ADORNO, S. (1992) A socialização incompleta: os jovens delinquentes expulsos da escola. Sociedade civil e educação. Campinas: Papirus, p. 125-134.
AZEVEDO, Samara. (2013) Violência na escola: o desafio de enfrentar o bullying e reconstruir a paz. Brasília: Editora Kiron,
BRASIL. (2023). Relatório final ATAQUES ÀS ESCOLAS NO BRASIL: análise do fenômeno e recomendações para a ação governamental. Grupo de Trabalho de Especialistas em Violência nas Escolas. Portaria 1.089 de 12 de junho de 2023 Relator: Daniel Cara (USP). Brasília-DF.
BUTLER, Judith. (2021). Discurso de ódio: uma política do performativo. São Paulo: Editora Unesp.
CAMARINI, Barbara Cardi. (2023) O mundo não tão secreto dos masculinistas. Medium. Disponível em: https://medium.com/@b.camarini/o-mundo-n%C3%A3o-t%C3%A3o-secreto-dos-masculinistas-1fa3c997185c
DIAS, Adriana. (2018). Observando o ódio: entre uma etnografia do neonazismo e a biografia de David Lane (Tese de doutorado) Campinas, SP: [s.n.].
DUBET, François. O tempo das paixões tristes. São Paulo: Vestígio. 2019.
FRANÇA, Carlos Eduardo. (2008) O linchamento de Edson Neris da Silva: reelaborações identitárias dos skinheads carecas do Brasil na sociedade paulista contemporânea. (Dissertação mestrado) 182 f. - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências.
GAY, Peter. (2001) A experiência burguesa da Rainha Vitória a Freud - O cultivo do ódio. São Paulo: Companhia das Letras, 1988-1995.1ºreimpressão.
BRAS, HENRIQUE. (2011) Ele me traiu'', diz mãe de autor de ataque em Taiúva, em 2003. Estadao, São Paulo, 10 abril 2011. Notícias. Disponível em: https://www.estadao.com.br/sao-paulo/ele-me-traiu-diz-mae-de-autor-de-ataque-em-taiuva-em-2003-imp-/
LANGEANI, Bruno. (2023) Raio-x de 20 anos de ataques a escolas no Brasil 2002-2023. Instituto Sou da Paz.
LARKIN, R. (2009). The Columbine legacy: Rampage shootings as political acts. American Behavioral Scientist, 52, 1309–1326.
MAIA, Elijonas. (2023) PF faz operação contra grupo neonazista que teria induzido autor de ataque em escola em Aracruz. CNN, Brasília, 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/pf-faz-operacao-contra-grupo-que-compartilhava-conteudo-extremista-em-redes-sociais/. Acesso em: 04/05/2024.
MOURA, Beatriz Maia Souza de (2023). Narrativas sobre a experiência de um massacre escolar: perspectivas diante do traumático. (Dissertação de Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo, Instituto de Saúde e Sociedade, Santos, 2023.
MUSCHERT, G. W. (2007) Research in School Shootings. Sociology Compass, 1(1), 60-80. doi: 10.1111/j.1751-9020.2007.00008.x.
MUSCHERT, G., & SUMIALA, J. (Eds.) (2012). School Shootings: Mediatized Violence in a Global Age. (Studies in media and communications; No. 7). Emerald Group Publishing.
NUNES, Denise. (2016) Controle social e as práticas de ‘justiçamento’ pela sociedade civil no Brasil. XIII Seminário Internacional de Demandas Sociais e Políticas Públicas na Sociedade Contemporânea, UNISC. Disponível em: https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sidspp/article/viewFile/16122/4013
OLIVEIRA, Leticia, & AZEVEDO, Tatiana. (2024) Conteúdos extremos nas redes sociais - Atrocidades no Discord (2024) relatório Sleeping Giants Brasil.
QUIROGA, Fernando Lionel, & VITALLE, Maria S de Souza. (2013) O adolescente e suas representações sociais: apontamentos sobre a importância do contexto histórico. Temas Livres - Physis23(3). Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/8F4JDSPHQTkgzmYCWRsz9Rf/#
SCHILLING, Flávia. (2004). Sociedade da Insegurança, violência na escola. 1. ed. São Paulo: Editora Moderna.
SEVERO, R. G. Weller, & W., Araújo, G. C, (2021) Jovens de direita e extrema-direita: posicionamentos políticos no ensino médio. Revista Linhas Críticas, Brasília, v. 27, (jan-dez).
SPOSITO, Marília P. (1998) A instituição escolar e a violência. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 104, p. 58-75.
SPOSITO, Marilia P. (2001) Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e Pesquisa, São Paulo, 27(1): 87-103, jan./jun.
SURETE, Ray. (2015) Media, crime, and criminal justice: Images, realities, and policies. Stamford, CT: Cengage Learning. Disponível em: https://archive.org/details/mediacrimecrimin0000sure_b0b3
TONSO, K. L. (2009). Violent masculinities as tropes for school shooters: The Montreal massacre,
Columbine attack, and rethinking schools. American Behavioral Scientist, 52(9), 1266–1285.
UNICEF. (2023) Bullying e Violência Escolar-Suas consequências e como combatê-las. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/blog/bullying-e-violencia-escolar
VINHA, Telma,.[et al] (2023) Ataques de violência extrema em escolas no Brasil: causas e caminhos. Livro eletrônico, 1. ed.- 5,94 Mb PDF. São Paulo: D3e.
WIEVIORKA, Michel. (1997) O novo paradigma da violência. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 9(1): 5-41.
ZALUAR, Alba (org.) (1992). Violência e Educação. São Paulo: Livros do Tatu/ Cortez.
Derechos de autor 2025 Imagens da Educação

Esta obra está bajo licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObrasDerivadas 4.0.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista Imagens da Educação,ele não será submetido por mim ou pelos demais co-autores a outro periódico. Por meio deste instrumento, em meu nome e dos co-autores, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº 9609, de 19/02/98).