Cotidiano, educação formal e capitalismo

  • Adair Umberto Simonato Junior UNESP - Campus de Marília

Résumé

O presente texto tem como finalidade abordar a forma como o conhecimento científico se eleva em relação às ações humanas cotidianas, bem como discutir o papel que as práticas formais de educação possuem nesse processo. Para isso, explicita que as características do cotidiano – sua heterogeneidade, imediaticidade e superficialidade extensiva – são chancelas inerentes ao comportamento humano, porém são superadas momentaneamente por objetivações que possuem como escopo organizar e compreender intelectivamente a realidade. Objetivações que se consubstanciam através de um processo de homogeneização que segundo Agnes Heller se constitui com a passagem da heterogeneidade cotidiana para esferas não cotidianas. Processo dentre os quais a educação formal apresenta-se como uma modalidade do mesmo, pois abarca as especificidades da prática científica que possui como finalidade superar as características do cotidiano. Por fim, discute-se que a sociabilidade atual impõe obstáculos à superação dos elementos da prática cotidiana, sendo que a crítica da vida cotidiana perpassa, necessariamente, pela crítica da sociabilidade gerida pela mercadoria. A problemática proposta se mostra necessária e atual, considerando-se os engenhosos modismos contemporâneos que, por um lado, tendem a privilegiar práticas pedagógicas pragmáticas e espontaneístas; por outro lado, apregoam que o ensino escolar estaria superado.    

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Publiée
2015-03-04
Comment citer
Simonato Junior, A. U. (2015). Cotidiano, educação formal e capitalismo. Imagens Da Educação , 5(1), 95-106. https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v5i1.24757
Rubrique
Estudos Históricos e filosóficos da Educação