UN CURRÍCULO DE CUENTOS DE HADAS DE LA DIFERENCIA
NORMAS DE GÉNERO Y PRODUCCIONES SUBVERSIVAS A TRAVÉS DE CUERPOS NIÑO-NIÑA
Resumen
En este artículo buscamos mostrar la creación de otros géneros posibles a través de los Cuentos de Hadas. Si bien históricamente tales cuentos han sido creados a partir de modelos de feminidad y masculinidad que reiteran las normas de género imperantes, este trabajo analiza seis libros de Cuentos de Hadas contemporáneos que conforman un currículo cultural en el que se construyen diferentes feminidades. A través de estos nuevos cuentos, se produce un giro significativo: si, desde hace algún tiempo, los cuentos de hadas han enseñado una lógica adultocéntrica y dicotómica, hay, en estas narrativas contemporáneas, una búsqueda por resaltar el protagonismo infantil, desdibujar los binarismos y dejar espacio por diferencia. El objetivo del artículo es, entonces, mostrar que diferentes técnicas producen una fuerza performativa que construye inventivamente otras feminidades, con comportamientos subversivos a través de los cuerpos de niñas-niña. Argumentamos que en este currículo cultural esta fuerza performativa produce posiciones de sujeto niño-niña que cuestionan los estándares de belleza, niño-niña-valiente-y-valiente-astuta-peligrosa-intrépida y niño-niña-que-se-salva. Así, la resistencia en este currículo enseña performances, a partir de la concepción de que la literatura, como expresión del arte, tiene el potencial de extrapolar las relaciones de poder-saber engendradas, estableciéndose también como espacio de transgresión y proliferación de la diferencia.
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