DO CURRÍCULO COMO MÁQUINA DE SUBJETIVAÇÃO CONTRARREDUNDANTE
Résumé
Este artigo problematiza o que vem a ser um currículo como máquina de subjetivação contrarredundante. Partindo da situação da pandemia de Covid-19, investiga como as experiências educativas no âmbito do ensino remoto se viram confrontadas por uma dupla perspectiva: pela constante pressão do prosseguimento educacional, muitas vezes reforçando a precarização neoliberal do ensino e, de outro lado, pela oportunidade de tramar descontinuidades no currículo redundante. Para entender o currículo redundante, analisam-se: a) a concepção dominante em torno da fundação dos sujeitos e das subjetividades modernas e o que se contrapõe a elas; b) a partir do pensamento de Althusser, o lugar da ideologia como produção de territórios de subjetividades redundantes; c) a possibilidade de uma máquina de subjetivação contrarredundante, sobretudo a partir do pensamento de Guattari. Ao cabo, o artigo sustenta que a educação pós-pandêmica deve persistir na inventividade de se afirmar como máquina de subjetivação contrarreduntande, conforme os argumentos consubstanciados no artigo.
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