POLITICA, FETICHE E MOBILIDADE ESPACIAL – NOTAS
Educação e Mobilidade da Força de Trabalho em Crise – Qual o Espaço do Fetiche?
Resumo
Temos clareza de que o debate das centralidades da política e do trabalho na geografia das mobilidades não é comum embora necessário e que a proposta de relacionar os domínios do trabalho ao da educação não passa de momento de apresentação, portanto despretensioso. Não vamos esgotar o assunto primeiro pelo formato do texto segundo por se tratar de aproximação inicial, ou seja, de revisão e apanhado teórico dos temas. No entanto nosso projeto de tese de doutorado em andamento tem como objetivo entender os rebatimentos das mudanças nas formas e relações de trabalho sobre a formação mais ampla e na produção de consciências. Para tal pretendemos investigar trabalhadores desempregados na educação de jovens e adultos - EJA, na mesorregião do Sertão do Estado da Paraíba, em especial nos territórios de migração. Pretendemos ainda, pela mediação da noção de fetiche, articular nexos categoriais das possíveis relações entre educação e trabalho. Por se tratar de primeiras aproximações nossa preocupação se concentrou em fazer uma revisão teórica e metodológica dos temas, identificar categorias e conceitos chaves para posteriormente construir as mediações. O fenômeno da migração, do desemprego estrutural e do fechamento de escolas rurais/ baixa escolarização e a expansão institucionalizada da mobilidade socioespacial das forças de trabalho coloca na ordem do dia contradições no processo de organização e lutas de classes sociais, projetos e ações sociais em disputa nos territórios isso para não entrar nas questões teóricas e metodológicas de fundo, tais como a centralidade do trabalho e da política.