POLÍTICAS DE SUBJETIVAÇÃO NO TRABALHO: DA SOCIEDADE DISCIPLINAR AO CONTROLE
Resumo
As mudanças sociais e históricas que vimos acontecer de maneira marcante no final do século XX e início do XXI mostram que estamos diante de modos de subjetivação mutantes, os quais mantêm conexões diretas com a atividade produtiva. Nesse sentido, política e subjetividade são dois conceitos que caminham lado a lado quando são analisadas as relações de trabalho que colocam em cena a reinvenção dos modos de viver e trabalhar. No presente estudo teórico, será realizada uma aproximação entre os conceitos de política e de subjetivação, tendo como referência a emergência e expansão do denominado trabalho imaterial. Para tanto, o artigo foi dividido em dois momentos. Primeiro, será realizado um resgate histórico sobre a política de subjetivação que vigorava no momento histórico que Foucault caracterizou como disciplinar. Em seguida, serão descritas as transformações históricas que Deleuze assinalou sob a denominação de sociedade de controle. Diante desses dois cenários, que se mesclam na atualidade capitalista, serão percorridas as seguintes questões: Como o trabalhador se constitui histórica e politicamente como sujeito na sua prática laboral? Quais componentes subjetivos se atualizam no contexto produtivo do capitalismo avançado? Quais políticas de subjetivação são inventadas e colocadas em circulação pelos trabalhadores? Ao final do estudo, serão discutidos os desafios que atualmente estão colocados para o trabalhador que constantemente transita entre as duas políticas de subjetivação abordadas.
Downloads
Referências
Almeida, L. P. (2012). Para uma caracterização da Psicologia Social brasileira. Psicol. cienc. prof. v. 32 (esp). Recuperado em 02 de agosto de 2015, de: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932012000500009&lng=pt&nrm=iso
Bobbio, N. (1986). Política. In: Bobbio, N.; Matteucci, N.; Pasquino, G. Dicionário de política. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Deleuze, G. (1996). O Mistério de Ariana. Lisboa: Veja.
Negri, A. (2003). Cinco lições sobre Império. São Paulo: DP&A.
Pochmann, M. (2012). Trabalho e formação. Educação e realidade. Porto Alegre, v. 37 (2). Recuperado em 02 de agosto de 2015, de: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/30490/19420
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.