POLÍTICAS DE SUBJETIVAÇÃO NO TRABALHO: DA SOCIEDADE DISCIPLINAR AO CONTROLE

  • Sonia Regina Vargas Mansano Universidade Estadual de Londrina
  • Paulo Roberto de Carvalho Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Trabalho, política, subjetividade.

Resumo

As mudanças sociais e históricas que vimos acontecer de maneira marcante no final do século XX e início do XXI mostram que estamos diante de modos de subjetivação mutantes, os quais mantêm conexões diretas com a atividade produtiva. Nesse sentido, política e subjetividade são dois conceitos que caminham lado a lado quando são analisadas as relações de trabalho que colocam em cena a reinvenção dos modos de viver e trabalhar. No presente estudo teórico, será realizada uma aproximação entre os conceitos de política e de subjetivação, tendo como referência a emergência e expansão do denominado trabalho imaterial. Para tanto, o artigo foi dividido em dois momentos. Primeiro, será realizado um resgate histórico sobre a política de subjetivação que vigorava no momento histórico que Foucault caracterizou como disciplinar. Em seguida, serão descritas as transformações históricas que Deleuze assinalou sob a denominação de sociedade de controle. Diante desses dois cenários, que se mesclam na atualidade capitalista, serão percorridas as seguintes questões: Como o trabalhador se constitui histórica e politicamente como sujeito na sua prática laboral? Quais componentes subjetivos se atualizam no contexto produtivo do capitalismo avançado? Quais políticas de subjetivação são inventadas e colocadas em circulação pelos trabalhadores? Ao final do estudo, serão discutidos os desafios que atualmente estão colocados para o trabalhador que constantemente transita entre as duas políticas de subjetivação abordadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sonia Regina Vargas Mansano, Universidade Estadual de Londrina
Docente do Programa de Pós-Graduação em Administração e do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade Estadual de Londrina. Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/SP.
Paulo Roberto de Carvalho, Universidade Estadual de Londrina
Docente do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade Estadual de Londrina. Doutor em Psicologia Clínica pela PUC/SP.

Referências

Almeida, L. P. (2012). Para uma caracterização da Psicologia Social brasileira. Psicol. cienc. prof. v. 32 (esp). Recuperado em 02 de agosto de 2015, de: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932012000500009&lng=pt&nrm=iso

Bobbio, N. (1986). Política. In: Bobbio, N.; Matteucci, N.; Pasquino, G. Dicionário de política. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

Deleuze, G. (1996). O Mistério de Ariana. Lisboa: Veja.

Negri, A. (2003). Cinco lições sobre Império. São Paulo: DP&A.

Pochmann, M. (2012). Trabalho e formação. Educação e realidade. Porto Alegre, v. 37 (2). Recuperado em 02 de agosto de 2015, de: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/30490/19420

Publicado
2016-05-25
Como Citar
Mansano, S. R. V., & Carvalho, P. R. de. (2016). POLÍTICAS DE SUBJETIVAÇÃO NO TRABALHO: DA SOCIEDADE DISCIPLINAR AO CONTROLE. Psicologia Em Estudo, 20(4), 651-661. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v20i4.28735
Seção
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus