AUTONOMIA POLÍTICA COMO PRÁTICA DE CUIDADO: A GRAMÁTICA DA EDUCAÇÃO ZAPATISTA
Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir, com bases em diferentes registros, a gramática presente na discursividade de informes oficiais do Movimento Zapatista, no que tange especificamente à educação zapatista, em especial desde a noção de autonomia como modo de organizar esta dimensão da vida em sociedade, entendendo a autonomia como resistência à tutela do Estado na gestão da escola e, micropoliticamente, a ruptura da tutela do processo educativo pelo promotor de educação. Observamos, a partir do estudo das Declarações da Selva Lancadona e da Escuelita Zapatista, que estas fundam-se numa crítica aos modelos estatais de governo da educação, refutando a perspectiva intercultural, defendendo a pluridiversidade. Este modo de compreender o processo educativo, e o modo de praticar o cuidado nos leva a uma compreensão mais ampla para a psicologia, refletindo sobre possibilidades de conexão entre novas invenções psi no trabalho junto à infância e à psicologia da educação.
Downloads
Referências
Alkimin, F. .M. (2017). Por uma geografia da autonomia: a experiência de autonomia territorial zapatista em Chiapas, México. Fapesp.
Anzaldúa, G. (2015). Borderlands/La frontera: la nueva mestiza. Universidad Nacional Autónoma de México.
Baronnet, B. (2009). De eso que los zapatistas no llaman educación intercultural. In Medina, P (Ed), Saberes para la Acción en Educación de Adultos (pp. 31-37). CREFAL
Baronnet, B. (2015). La Educación Zapatista como Base de la Autonomía en el Sureste Mexicano. Educação & Realidade, 40(3), 705-723.
Baronnet, B. (2018). De eso que los zapatistas no llaman educación intercultural. Decisio, 1(24), 103-110.
Brancaleone, C. (2012). Sobre o significado de experiência de autogoverno zapatista. (Tese de Doutorado). Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Batalla, G. .B. (2005). México profundo: una civilización negada. De Bolsillo.
Corazza, S.M. (2002). Infância e educação: era uma vez...quer que conte outra vez? Petrópolis: Vozes.
Cruz, L & Guareschi, N. (2004). Sobre a psicologia no contexto da infância: da psicopatologização à inserção política. Aletheia, 1(20), 77-90.
Díaz-Polanco, H.G. (1997). La rebelión zapatista y la autonomía. Siglo XXI.
Escuelita Zapatista (2013). Gobierno autónomo. Cuaderno de texto de primer grado del curso de “La libertado según l@s zapatistas”.
EZLN (1993). Primera Declaración de la Selva Lacandona. http://enlacezapatista.ezln.org.mxorg.mx/.
EZLN (1994) . Segunda Declaraciónde la Selva Lacandona. http://enlacezapatista.ezln.org.mxorg.mx/.
EZLN (1995). Tercera Declaración de la Selva Lacandona. http://enlacezapatista.ezln.org.mxorg.mx/.
EZLN (1996). Cuarta Declaración de la Selva Lacandona. http://enlacezapatista.ezln.org.mxorg.mx/.
EZLN (1998). Quinta Declaración de la Selva Lacandona. http://enlacezapatista.ezln.org.mxorg.mx/.
EZLN (2001). Palabras del EZLN el día 11 del marzo del 2001 en el Zócalo de la Ciudad de México. http://www.ezlnaldf.org/comunica/01031101.htm
EZLN (2005). Sexta Declaración de la Selva Lacandona. http://enlacezapatista.ezln.org.mxorg.mx/.
EZLN (2021). Declaración... por la vida. http://enlacezapatista.ezln.org.mxorg.mx/.
Foucault, M. (1985). História da sexualidade: o cuidado de si. (10th ed.). Graal.
Grossfoguel, R. (2016). A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, 31(1), 25-49.
Guimarães, R.S. (2017). Por uma Psicologia decolonial: (des) localizando conceitos. In Rasera et al (Eds), Democracia participativa, estado e laicidade: psicologia social e enfrentamentos em tempos de exceção (pp. 263-276). ABRAPSO.
Lara, H.G. (2011). Procesos educativos y re significación de identidades en los Altos de Chiapas. Juan Pablos Editor.
Libaneo, J. .C. (2008). Alguns aspectos da política educacional do governo Lula e sua repercussão no funcionamento das escolas. Revista HISTEDBR , 1(32), 168-178.
Mignolo, W. (2016). Hacer, pensar y vivir la decolonialidad. Navarra.
Montes, C.S. (2019). La escuela zapatista: educar para autonomía y la emancipación. Alteridad: Revista de Educación, 14(1), 109-121.
Morel, A. P.M. (2018). Caminhar perguntando: a educação autônoma zapatista. Aleph, 1(31), 487-508.
Muñoz, K. .O. (2015). (Re)pensar el Derecho y la noción del sujeto indio(a) desde una mirada descolonial. Revista Internacional de Comunicación y Desarrollo, 1(4), 47-60.
Narvaéz, R. .G. (2018). Impactos del zapatismo en la escuela: análisis de la dinamica educativa en Chiapas (1994-2004). LiminaR, 4(1), 92-111.
Orlandi, E. (2012). Discurso e Leitura. (9th ed.). Cortez.
Patto, M. H.S. (1999). A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. T A Queiroz.
Pavón.Cuellar, D, & Arroyo-Ortega, J. (2015). El Ejército Zapatista de Liberación Nacional y su crítica de las psicologías conformista, despótica y desmemoriada. Estudos de Psicologia (Campinas), 32(3), 557-568.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In Lander, E (Ed), A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latinoamericanas (pp. 107-130). CLACSO.
Rolnik, S. (1989). Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. (2nd ed.). Sulina.
Weber, K. (2002). El color de la tierra: la imagen zapatista de los seres humanos y sus implicaciones para una psicología progresista. Nómadas, 1 (6).http://pendientedemigracion.ucm.es/info/nomadas/6/kweber.htm
Copyright (c) 2022 Psicologia em Estudo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.