THE CLINICAL PSYCHOLOGY AS A SPACE OF REVELATION OF SOCIAL INIQUITIES
Abstract
This study intends to place the psychological clinic as a space for unveiling social inequalities by listening to excluded subjects through the psychological on-call sessions. There is a gap in the specialized literature in clinical psychology that, generally, does not link clinical processes and psychosocial processes, maintaining a hegemonic discourse that barely articulates the psychological, social and political issues. The Grounded Theory, as a qualitative-interpretative methodology, was adopted in this study. The qualitative analysis of field diaries produced based on the psychological on-call sessions generated categories that point to the fragility of family and community bonds, the sufferings of being treated as inferior, and the need to expand clinical practices with excluded people. The material and symbolic precariousness experienced by excluded subjects are reproduced in their relational and community networks as violence, oppression and weakened bonds. Inclusion in place of inadequacy and inferiority excludes people from the possibility of perceiving themselves as worthy and capable of contributing to society, generating an erasure of themselves. There was a need for an expanded clinical practice that considered the specific experiences of excluded subjects, which could produce new encounters and affections as a counterpoint to the disqualifications received daily. In listening to popular classes people, the research team sought to sustain the complexity present in sufferings, focusing not only on their subjective issues but also on the social and historical production of their vulnerabilities.
Downloads
References
Bauman, Z. (1998). O mal estar da Pós- Modernidade. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2001). Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar.
Carreteiro, T. C. (2011). A doença como projeto: uma contribuição à análise de formas de afiliações e desafiliações sociais. In: Sawaia, B. (org). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, p. 89-97.
Charmaz, K. (2009). A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Porto Alegre: Artmed.
Delfin, L.; Almeida, L. A. M. de; Imbrizi, J. M. (2017). A rua como palco: arte e (in)visibilidade social. Psicologia & Sociedade, 29 (01), 1-10.
Hunning, S. M & Guareschi, N. F. (2005). Problematizações das práticas psi: articulações com o pensamento foucaultiano. Athenea Digital, Barcelona, 8 (1), 95-108.
Goldenberg, M. (2004). A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Rio de Janeiro: Record.
Jodelet, D. (2011). Os processos psicossociais da exclusão. In: Sawaia, B. (org). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, p. 55-67.
Lancetti, A. (2016). Clínica Peripatética. São Paulo: Hucitec.
Mahfoud, M. (org). (2012). Plantão Psicológico: novos horizontes. São Paulo: Companhia Ilimitada.
Paugam, S. (2011). O enfraquecimento e a ruptura dos vínculos sociais. Uma dimensão essencial do processo de desqualificação social. In: Sawaia, B. (org). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, p. 69-88.
Paulon, S. M. & Romagnoli, R. C. (2018). Quando a Vulnerabilidade se faz Potência. Interação em Psicologia, 22 (3), 178-187.
Romagnoli, R. C. (2015). Problematizando as noções de vulnerabilidade e risco social no cotidiano do SUAS. Psicologia em Estudo, 20 (3), 449-459.
Sarti, C. A. (2007). Famílias enredadas. In: Acosta, A. R & Vitale, M. A. Família: redes, laços e políticas públicas. 3 ed. São Paulo: Cortez/IEC PUC-SP, p. 21-36.
Sawaia, B. (org). (2011). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes.
Scorsolini-Comin, F. (2015). Plantão psicológico e o cuidado na urgência: panorama de pesquisas e intervenções. Psico-USF, 20 (1), 163-173.
Silva, R. B; Carvalhaes, F. F. (2016). Psicologia e Políticas Públicas: impasses e reinvenções. Psicologia e Sociedade, 28 (2), 247-256.
Souza, J. (2015). A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: Leya.
Souza, J. (2017). A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya.
Veras, M. P. B. (2011). Exclusão social - um panorama brasileiro de 500 anos. Notas preliminares. In: Sawaia, B. (org). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, p. 29-51.
Copyright (c) 2021 Psicologia em Estudo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.