PRESENTACIÓN PERCEPTIVA EN EL AUTISMO: ESTUDIO DE LA AUTOBIOGRAFIA DE DONNA WILLIAMS
Resumen
En el presente artículo se ha analizado el historial clínico de la autista Donna Williams con objeto de investigar el trabajo de transformación de lo sensorial-perceptual por intermedio de la presentación perceptiva. Dialogamos con los aportes de los psicoanalistas Cesar y Sara Botella, y del psicoanalista Roussillon acerca de la importancia de la reflexión para la percepción y el reconocimiento en tanto apoyos en el proceso de simbolización de los primeros rasgos perceptuales que precisan ser investidos y asociados entre sí. A lo largo del texto, presentamos la hipótesis de que, al inventarse modalidades de espejo como compensación, Donna Williams pudo volver a presentar rasgos perceptuales todavía no representados. Tal presentación perceptiva es, a su vez, preliminar a la propia capacidad de que dichos rasgos sean representados. En este sentido, nos basamos en los estudios de la psicoanalista Laznik sobre la urgencia de la elisión en la clínica con los autistas, a fin de pensar la existencia de rasgos mnémicos en el autismo, presentes, pero que no son investidos. Al estar totalmente ausente la investidura, dejan de instalarse aperturas de paso y ligazones, impidiéndose así el surgimiento de representaciones y la complexión del psiquismo oriundo de la organización de representaciones. En contraposición, abordamos un trabajo psíquico de simbolización del registro sensorial por medio de la proyección de estos rasgos y, siguiendo esa línea argumentativa, buscaremos demostrar cómo la transferencia de ellos, a través de la figuración, favoreció una especularidad mediante tales mecanismos que propiciaron la función compensatoria de espejo.Descargas
Citas
Botella, C. & Botella, S. (1995). Sur le processus analytique: du perceptif aux causalités
psychiques. Rev. Franç. Psychanal. (2): 349-366
Botella, C. & Botella, S. (2012). Irrepresentável: mais além da representação. Porto
Alegre: Editora Criação humana.
Brun, A. (2014). Médiation picturale et psychose infantile. In A. Brun (Org.), Les
médiations thérapeutiques. (pp. 75-87). Toulouse: França: Érès.
Campos, E. B. V. (2009). Representação e afeto no segundo modelo tópico e pulsional
freudiano. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, São Paulo.
Cohen, D & Saint-Georges, C. (2016). O que a sincronia e o manhês podem nos esclarecer
sobre a dinâmica interativa dos bebês (futuros autistas) e seus pais? In M. C. Kupfer & M. Szejer (Orgs), Luzes sobre a clínica e o desenvolvimento de bebês (pp. 267-290). São Paulo: Instituto Langage
Golse, B. (2016). Intersubjetividade, intersensorialidade e intrassensorialidade. In M. C.
Kupfer & M. Szejer (Orgs.), Luzes sobre a clínica e o desenvolvimento de bebês(pp. 211-222). São Paulo: Instituto Langage
Laznik, M-C (2004). A voz da sereia: o autismo e os impasses na constituição do sujeito.
Salvador: Agalma.
Laznik, M-C. (2016a). O ponto de vista dinâmico neuronal sobre as intervenções
precoces.. In M. C. Kupfer & M. Szejer (Orgs.), Luzes sobre a clínica e o desenvolvimento de bebês. (pp 13-30). São Paulo: Instituto Langage.
Laznik, M-C. (2016b). Podemos pensar uma clínica do nó borromeu que diferencie
psicose e autismo na criança?. In M-C. Laznik; B. Touati & C. Bursztejn (Orgs), Distinção clínica e teórica entre autismo e psicose na infância (pp. 27-55). São Paulo: Instituto Langage.
Moreno, M. M. A. (2014). Trauma precoce e ligações psíquicas: um estudo psicanalítico.
Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Roussillon, R. (2012) Manuel de pratique clinique. Issy-les-Mouilineaux: França:
Elsevier Masson.
Vorcaro, A. M. R. (2016). Sobre o instintivo e o pulsional no recém-nascido. In M. Bialer
& S. Rabello (Orgs.), Laço mãe-bebê: intervenções e cuidados (pp. 38-50). São Paulo: Editora Primavera.
Williams, D. (1996). Like color to the blind: soul searching and soul finding. New York:
Times Books.
Williams, D. (1998). Autism and sensing: the unlost instinct. London/Philadelphia:
Jessica Kingsley Publishers.
Williams, D. (2006). The jumbled jigsaw: an insider’s approach to the treatment of
autistic spectrum “fruit salads”. London/Philadelphia: Jessica Kingsley Publishers.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.