INVISIBILIDADE DAS MULHERES TRABALHADORAS RURAIS: AS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS DA PSICOLOGIA NO BRASIL

  • Gabriela da Silva Marques Universidade Feevale
  • Denise Regina Quaresma da Silva Universidade Feevale.

Résumé

Este estudo qualitativo, do tipo exploratório, descritivo e bibliográfico, trata-se de uma revisão sistemática da literatura sobre o trabalho da mulher no meio rural, publicado em artigos científicos no Brasil no período de 2006 a 2016 na base de dados BVS-Psi, objetivando descrever o que estas produções exploram em relação a estas mulheres. Utilizaram-se os termos de busca “trabalhadoras rurais” e “mulheres rurais”, sendo a análise dos dados  por conteúdo (Bardin, 2011). Os principais achados destacam que a participação das mulheres rurais nas manifestações sociais potencializaram as suas conquistas, bem como evidenciam as preocupações referentes à saúde da trabalhadora rural, em que os/as pesquisadores/as  relatam as consequências psíquicas e físicas resultantes da intensificação do trabalho rural paralelo ao doméstico. Conclui-se que somente desde 2013 o número de publicações acerca do tema tem aumentado, sendo os/as pesquisadores da região Sul do Brasil os/as que mais publicam a temática, que foi pesquisada em somente nove das 27 unidades federativas do País, o que aponta para uma invisibilidade das mulheres trabalhadoras rurais nas pesquisas publicadas nesta base de dados, neste período.

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Bibliographies de l'auteur

Gabriela da Silva Marques, Universidade Feevale
Acadêmica do curso de Psicologia da Universidade Feevale.
Denise Regina Quaresma da Silva, Universidade Feevale.
Docente do curso de Psicologia da Universidade Feevale.

Références

Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Cezar-Vaz, MR, Bonow, CA, Couto, AM & Gelati, TR. (2015). Prevalência de sinais e sintomas digestórios em trabalhadoras rurais e fatores associados. Revista Acta Paulista de Enfermagem, (28)5, 460-466.

Cordeiro, RLM & Scott, RP. (maio-agosto/2007). Mulheres em áreas rurais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 15(2), 419-423.

Costa, MGSG, Dimenstein, MDB & Leite, JF. (2014). Condições de vida, gênero e saúde mental entre trabalhadoras rurais assentadas. Revista Estudos de Psicologia (Natal), (19)2, 89-156.

Costa, MC, Lopes, MJM & Soares, JSF. (2015). Violência contra mulheres rurais: gêneros e ações da saúde. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 19(1), 162-168.

Ebling, SBD, Falkembach, EMF, Nascimento, LA, Silva, MM, Silva, SO, Minussi, PS. (set./dez 2015). As mulheres e suas ‘lidas’: compreensões acerca de trabalho e saúde. Revista Trabalho Educação Saúde, Rio de Janeiro, 13(3), 581-596.

Fiúza, ALC, Pinto, NMA, Galinari, TN & Barros, VAM. (dez, 2009). Difusão de tecnologias e sexismo nas Ciências Agrárias. Revista Ciência Rural, Santa Maria, (39)9, 2614-2620.

Freitas, SLR, Abreu, MP, Mesquita, GRI, Jaime, VS & Gordo, JML & Silva, LAF (jan/fev, 2014). Diferenças entre os gêneros nas assistências técnica e extensão rural realizada por médicos veterinários: paradigmas ou preconceitos. Revista Ceres, Viçosa, 61(1), 001-008.

Graf, LP & Coutinho, MC. (2010). Trajetória de mulheres atuantes em pequenos abatedouros de animais. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 13(1), 119-132.

Junior, VJW. (jul./dez. 2015). Estratégias de desenvolvimento e a expansão das capacidades em um grupo produtivo de mulheres rurais assentadas. Revista Interações, Campo Grande, (16) 2, 395-406.

Lisboa, TK & Lusa, MG. (setembro-dezembro/2010). Desenvolvimento sustentável com perspectiva de gênero – Brasil, México e Cuba: mulheres protagonistas no meio rural. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 16(3), 871-887.

Menasche, R, Marques, FC & Zanetti, C. (jul./ago., 2008). Autoconsumo e segurança alimentar: a agricultura familiar a partir dos saberes e práticas da alimentação. Revista Nutrição, Campinas, (20)1, 145-158.

Nascimento, SMV, Rodrigues, FC & Santos, NA. (2013). Agricultura familiar, agronegócio e a produção das trabalhadoras rurais: processos de expropriação, dominação e resistência na zona rural do Maranhão. VII Jornada Nacional de Políticas Públicas. Recuperado em 10 novembro de 2017, de: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2013/JornadaEixo2013/anais-eixo12-questaoagricolaquestaoagrariasegurancaalimentarepoliticaspublicas/pdf/agriculturafamiliar-agronegocioeaproducaodastrabalhadorasrurais-.pdf

Naase, KM. (2009). “O sonho da terra”: mulheres assentadas na Amazônia como agentes de mudança. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi: Ciências Humanas, (4)2, 247-260.

Paulilo, MIS. (2013). FAO, fome e mulheres rurais. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, (56)2, 285-310.

Portal Brasil. (2015). Safra de grãos bate recorde com 209 milhões de toneladas. Recuperado em 05 fevereiro de 2017, de: http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/09/safra-de-graos-bate-recorde-com-209-milhoes-de-toneladas.

Rocha, LP, Borges, AM, Bonow, CA, Almeida, MCV, Piexak, DR & Cezar-Vaz, MR. (2016). Carga de trabalho rural: estudo desenvolvido em dois ambientes rurais do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Ciência Rural, (46)5, 132-138.

Rumin, CR, Navarro, VL & Perioto, NW. (2008). Trabalho e saúde no agrobusiness paulista: estudo com colhedores manuais de cana-de-açucar na região oeste do Estado de São Paulo. Cadernos de Psicologia Social e do Trabalho, (11)2, 193-207.

Sales, CMV. (maio-agosto/2007). Mulheres rurais: tecendo novas relações e reconhecendo direitos. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 15(2): 437-443.

Salvaro, GIJ, Lago, MCS & Wolff, CS. (2013). “Mulheres agricultoras” e “mulheres camponesas”: lutas de gênero, identidades políticas e subjetividade. Revista Psicologia & Sociedade, 25(1), 79-89.

Salvaro, GIJ, Estevam, DO & Felipe, DF. (2014). Mulheres em cooperativas rurais virtuais: reflexões sobre gênero e subjetividade. Revista Psicologia Ciência e Profissão, 34(2), 390-405.

Salvaro, GIJ, Lago, MCS & Wolff, CS (janeiro-abril/2014). Limites e possibilidades de militância política em um movimento social rural de mulheres. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 22(1), 51-70.

Schwendler, SF. (jan./mar. 2015). O processo pedagógico da luta de gênero na luta pela terra: o desafio de transformar práticas e relações sociais. Educar em Revista. Curitiba, Brasil, 55(1), 87-109. Editora UFPR.

Scott, P, Nascimento, FS, Cordeiro, R & Nanes, G (setembro/dezembro/2016). Redes de enfrentamento da violência contra mulheres no Sertão de Pernambuco. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, 24(3), 851-870.

Scott, RP. (maio-agosto/2007). Ruralidade e mulheres responsáveis por domicílio no Norte e no Nordeste. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 15(2), 425-436.

Sand, ICPVD, Ressel, LB, Monticelli, M & Schirmer, J (2016). Autoatenção na gravidez para mulheres residentes no campo: um estudo etnográfico. Texto Contexto Enferm., 25(4), 3-9.

Stolf, MC (2007). Os sentidos atribuídos por agricultores às tecnologias utilizadas em seu cotidiano de trabalho. Dissertação de Mestrado. Programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Thum, MA, Borges, AM & Heck, RM (2011). Saberes relacionados ao autocuidado entre mulheres da área rural do Sul do Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre (RS), 32(3), 576-82.

Velasquez-Meléndez, G, Côrrea-Oliveira, R, Pimenta, AM & Kac, G (2007). Prevalência de síndrome metabólica em área rural do Brasil. Revista São Paulo Medical Journal, (125)3, 155-162.

Weissheimer, M. (2017). Reforma excluirá da Previdência boa parte da população rural, especialmente as mulheres. Rede Brasil atual. Recuperado em 05 fevereiro de 2017, de: <http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2017/03/reforma-excluira-da-previdencia-boa-parte-da-populacao-rural-especialmente-as-mulheres>.

Publiée
2018-08-18
Comment citer
Marques, G. da S., & Quaresma da Silva, D. R. (2018). INVISIBILIDADE DAS MULHERES TRABALHADORAS RURAIS: AS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS DA PSICOLOGIA NO BRASIL. Psicologia Em Estudo, 23. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v23i0.41050
Rubrique
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus