EL SER SEXUAL SÓLO SE AUTORIZA POR SÍ MISMO Y POR ALGUNOS OTROS
Resumen
A partir de la constatación de los desafíos planteados por las teorías de género al psicoanálisis, el artículo discute la reformulación de la teoría de la sexuación por medio de la máxima, enunciada por Lacan, "[...] el ser sexual sólo se autoriza por sí mismo y por algunos otros" (Lacan, 1974, p. 187). Con base en ese decir, el texto explora la relación entre los polos 'algunos otros' y 'sí mismo' a través del rescate de desarrollos lacanianos anteriores al período de hegemonía estructuralista de su obra. En primer lugar, la relevancia de una alteridad plural en la estructuración subjetiva es discutida a partir del análisis de O tempo lógico, texto en el cual el psicoanalista concibe el advenimiento del sujeto como un proceso indisociable de la lógica de una colectividad indeterminada. Se demuestra de qué manera el acto anticipado que parte del error llega a la certeza es central también en O estádio do espelho, donde la idea de la constitución de un sí mismo es presentada como una unificación de carácter singular. Se propone, por medio de una discusión sobre el júbilo, de la retomada de la relación entre imaginario y real hecha por Lacan en A terceira y de la poesía de Fernando Pessoa, una nueva lectura de la noción de goce del Otro, amparada por una comprensión más amplia de la teoría de la sexuación. Se concluye que tal relectura lacaniana de la sexuación permite tomarla en calidad de un proceso, que no sólo articula diversos períodos de su enseñanza como coloca el debate del psicoanálisis con cuestiones de género en otros términos.Descargas
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