Subjetividade e Objetividade na Psicologia Contemporânea: Apontamentos Históricos, Epistemológicos e Filosóficos

  • Maria Helena Fávero Universidade de Brasília, DF

Résumé

Retomamos a análise filosófica e metodológica de autores da primeira metade do século XX sobre o conhecimento psicológico e estabelecemos um diálogo com aqueles do primeiro decênio do século XXI que, historicamente, epistemológica e filosoficamente, discutem o caminho tomado pela psicologia para se estabelecer como ciência, em consonância com as discussões sobre a história da criação da noção de objetividade científica e sobre os elementos subjetivos dessa construção. Evidenciamos que o foco particular está na definição do método de pesquisa, na consideração da subjetividade e na discussão sobre a consciência. Apontamos um consenso ao longo do tempo: a demanda de uma análise crítica e reflexiva da produção do conhecimento psicológico e a afinidade dessa produção com a prática de pesquisa e a prática profissional. Dialogando com diferentes autores, concluímos que a análise histórica, epistemológica e filosófica sobre o conhecimento psicológico tem permitido a elaboração de um modo inovador de se conceber a prática da pesquisa e a prática profissional que, ao contrário de negar os viéses culturais e políticos, passou à busca metodológica que permita considerá-los.

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Références

Asch, M. G., & Sturn, T. (2007). Psychology's territories: historical and contemporary perspectives from different disciplines. Mawah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

Bronckart, J. P. (1985). Les bases épistémologiques de la psychologie. In : Bronckart, J. P. (Org.) Vygotsky aujourd´hui. Neuchâtel, Suisse ; Paris, France: Delachau et Niestlé.

Brown, A. L.; Metz, K. & Campione, J. C. (1996). Social interaction and individual understanding of learners: the influence of Piaget and Vygotsky. In: A. Tryfon & J. Vonèche. (Ed.) Piaget-Vygotsky: the social genesis of thought. Sussex, UK: Psychology Press, p. 145-170.

Bruner, J. (1985). Vygotsky: a historical and conceptual perspectives. In: J. V. Wertsch (Edit.) Culture, communication and cognition: Vygotskian perspectives. Cambridge: Cambridge University Press, p.21-34.

Corazza, S. M. (2000). História da infância sem fim. Ijuí: Unijuí.

Cruz, L.; Hillesheim, B. & Guareschi, N. M. F. (2005). Infância e Políticas públicas: um olhar sobre as práticas psi. Psicologia& Sociedade, 17(3), p. 42-49.

Danziger, K. (1979). The positivist repudiation of Wundt. Journal of the History of the Behavioral Sciences, 15, 205-230.

Danziger, K. (1997). Naming the mind: how psychology found its language. London: Sage.

Danziger, K. (2006). The practice of psychological discourse. In Grauman, C. F., & Gergen, K. J. Historical dimensions of psychological discourse. [First paperback version]. Cambridge: Cambridge University Press, pp. 17-35.

Danziger, K. (2013). Psychology and its history. Theory & Psychology, 23(6), 829-839.

Daston, L. (2006). The naturalized female intellect. [First paperback version] In Grauman, C. F., & Gergen, K. J. Historical dimensions of psychological discourse. Cambridge: Cambridge University Press, pp. 165-192.

Ferrari, M.; Robinson, D. K. & Yasnitsky, A. (2010). Wundt, Vygotsky and Bandura: a cultural-historical science of consciousness in three acts. History of the Human Sciences, 23(3), 95-118.

Gergen, K. J. (2010). The acculturated brain. Theory & Psychology, 20(6), 795-816.

Graumann, C. F. & Gergen, K. J. (2006). Historical dimensions of psychological discourse. Cambridge: Cambridge University Press. [First paperback version]

James. W. (1904). Does consciousness exist? Journal of Philosophy, Psychology, and Scientific Methods, 1, pp. 477-491.

Keller, E. F. (1996). The dilemma of scientific subjectivity in positive culture. In Galison, P., & Stump, D. J. (Eds.). The Disunity of Science: boundaries, contexts, and power. Stanford, CA: Stanforn University Press, 417-427.

Martí, E. (1996). Mechanisms of internalisation and externalisation of knowlodge in Piaget’s and Vygotsky’s theories. In: A. Tryphon & J. Vonèche (Edt.) Piaget-Vygotsky. The social genesis of thought, UK: Psychology. Press, pp. 57-83.

Morawski, J. G. (2005). Reflexivity and the psychologist. History of the Human Science, 18(4), 77-105.

Parker, I. (2009). Critical psychology and revolutionary. Theory & Psychology, 19(1), 71-92.

Pascual-Leone, J. (1996).Vygotsky, Piaget and the problems of Plato, Swiss Journal of Psycholoy, 55(2/3), p. 81-92, 1996. Recuperado de: http://www.yorku.ca/tcolab/pdfs/Vygotsky_Piaget_72_image.pdf.

Piaget, J. (1925). Psychologie et critique de la connaissance. Archives de Psychology, (19), 193-210. Recuperado de: http://www.fondationjeanpiaget.

Piaget, J. (1972). L'épistémologie des relations interdisciplinaires. In L’interdisciplinarité: problèmes d’enseignement et de recherche dans les universités. Paris: OCDE, pp. 154-171.

Piaget, J. (1977). A tomada de consciência. São Paulo: Edições Melhoramentos; Editora de São Paulo.

Richards, G. (2002). The psychology of psychology. A history grounded sketch. Theory & Psychology, 12(1), 7-36.

Robinson, D. N. (2010). Consciousness. The first frontier. Theory & Psychology, 20(6), 781-793.

Rosenzweig, S. (1933). The experimental situation as a Psychological Problem. Psychological Review, 40, 337-354.

Shapin, S. (2012, April). The sciences of subjectivity. Social Studies of Science, 42(2), 170-184.

Smedslund, J. (2009). The mismatch between current research methods and the nature of psychological phenomena. Theory & Psychology, 19(6), 778-794.

Smedslund, J. (2012a). The bricoleur model of psychological practice. Theory & Psychology, 22(5), 643-657.

Smedslund, J. (2012b). What follows from what we all know about human beings. Theory & Psychology, 22(5), 658-668.

Vygotsky, L. S. (1979, Summer). Consciousness as a Problem in the Psychology of Behavior. Soviet Psychology, 17 (4), 3-35.

Vygotsky, L. S. (1996). Teoria e método em psicologia. Tradução de: Berliner, C. São Paulo: Martins Fontes.

Wallon, H. (1959). Science de la nature et science de l'homme: la psychologie. Enfance. 12(3-4), 203-219.

Wallon, H. (1963) Psychologie et matérialisme dialectique. Enfance, Numéro spécial “Henri Wallon, buts et méthodes dela psychologie”, (1), 31-34, 1963.

Wertsch, J. V. (1985a). The mediation of mental life: L. S. Vygotsky and M. M. Bakhtin. In E. Mertz & R. J. Parmentier (Orgs.), Semiotic mediation. Sociocultural and psychological perspectives. Orlando, Flórida: Academic Press. pp. 49-71.

Wertsch, J. V. (1985b). La médiation sémiotique de la vie mentale: L. S. Vygotsky et M. M. Bakhtine. In J. P. Bronckart & P. Mounoud (Orgs.), Vygotsky aujourd’hui. Neuchâtel et Paris: Delachaux & Niestlé. pp. 239-268.

Publiée
2015-12-01
Comment citer
Fávero, M. H. (2015). Subjetividade e Objetividade na Psicologia Contemporânea: Apontamentos Históricos, Epistemológicos e Filosóficos. Psicologia Em Estudo, 20(2), 189-200. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v20i2.24808
Rubrique
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus