REPRESENTAÇÕES MATERNAS NO CONTEXTO DO HIV: GESTAÇÃO AO SEGUNDO ANO DA CRIANÇA

  • Evelise Rigoni Faria Grupo Hospitalar Conceição
  • Cesar Augusto Piccinini Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Résumé

O estudo investigou a relação mãe-bebê no contexto do HIV, da gestação ao segundo ano da criança, a partir das representações maternas. Participaram quatro mães soropositivas, entre 19 e 39 anos, entrevistadas na gestação e aos 3, 12 e 24 meses da criança. Análise de conteúdo qualitativa examinou os relatos maternos com base em duas categorias de representações: sobre si mesma e sobre o bebê. Os resultados indicaram que a relação mãe-bebê foi acompanhada de satisfações e desafios associados à maternidade, ao desenvolvimento infantil e à convivência com HIV. As representações sugeriram, inicialmente, um bebê vulnerável e uma mãe com sentimentos de culpa, temendo o preconceito e o estigma associado à infecção. Ao longo do tempo, as representações indicaram uma criança fortalecida e uma mãe mais segura frente à infecção e à maternidade. Preocupações com o HIV foram menos enfatizadas diante dos desafios impostos pelo desenvolvimento infantil, sobretudo entre mães que aceitavam o diagnóstico e focavam o seu enfrentamento.

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Biographie de l'auteur

Evelise Rigoni Faria, Grupo Hospitalar Conceição

Psicóloga (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS) , Especialista em Saúde Mental (Grupo Hospitalar Conceição - GHC), Mestre e Doutora  em Psicologia do PPG-Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é psicóloga do Grupo Gospitalar Conceição (GHC).

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Publiée
2016-05-25
Comment citer
Faria, E. R., & Piccinini, C. A. (2016). REPRESENTAÇÕES MATERNAS NO CONTEXTO DO HIV: GESTAÇÃO AO SEGUNDO ANO DA CRIANÇA. Psicologia Em Estudo, 20(4), 625-637. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v20i4.28749
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