O SEXTING NO BRASIL: A PERCEPÇÃO SOBRE MENSAGENS SEXUAIS

Résumé

O sexting é uma prática cada vez mais frequente na sociedade atual, mas ainda há poucos estudos sobre como os brasileiros veem a troca de mensagens sexuais. O objetivo desse estudo foi investigar a percepção de brasileiros acerca do sexting e fornecer um panorama de como o fenômeno ocorre na realidade brasileira. Foi realizado um survey online com perguntas discursivas com 41 participantes sobre a dinâmica da prática e foi utilizada a análise de conteúdo para tratamento dos dados. Os resultados revelaram que algumas visões sociais são permeadas por estereótipos, como se observa em pesquisas de outros países. O sexting ainda é em muitos momentos confundido com diferentes formas de violência, apesar de estar sendo naturalizado no país e de já ser parte da experiência sexual cotidiana de muitas pessoas. Evidenciou-se que a educação sexual no contexto digital se faz necessária para que as pessoas compreendam seus direitos e reconheçam as diferenças entre sexting saudável e violências possivelmente atreladas à prática.

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Références

Albury, K., & Crawford, K. (2012). Sexting, consent and young people's ethics: Beyond Megan's Story. Continuum, 26(3), 463-473.
Alonso-Ruido, P., Rodríguez-Castro, Y., Pérez- André, C., & Magalhães, M. J. (2015). Estudio cualitativo en un grupo de estudiantes ourensanos/as sobre el fenómeno del sexting. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, (13), 58-62. doi: 10.17979/reipe.2015.0.13.319.
Brasil. (2012). Lei n. 12.737, de 30 de novembro. Dispõe sobre a tipificação criminal dos delitos informáticos. Diário Oficial da União. Brasília: Autor.
Brasil. (2018). Lei n. 13.772, de 19 de dezembro. Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para reconhecer que a violação da intimidade da mulher configura violência doméstica e familiar e para criminalizar o registro não autorizado de conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado. Diário Oficial da União. Brasília: Autor.
Brasil. (2018). Lei n. 13.718, de 24 de setembro de 2018. Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tipificar os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de estupro, tornar pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes sexuais contra vulnerável, estabelecer causas de aumento de pena para esses crimes e definir como causas de aumento de pena o estupro coletivo e o estupro corretivo; e revoga dispositivo do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais). Diário Oficial da União. Brasília: Autor.
Cardoso, A. T., Falcke, D., & Mosmann, C. P. (2019). Sexting: percepções de adolescentes sobre o fenômeno e acerca do papel das relações familiares. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 19(3), 665-685.
Drouin, M., Ross, J., & Jenkins, E. (2015). Sexting: A new, digital vehicle for intimate partner aggression?. Computers in Human Behavior, 50, 197-204. doi: 10.1016/j.chb.2015.04.001
Drouin, M., Ross, J., & Tobin, E. (2015). Sexting: A new, digital vehicle for intimate partner aggression?. Computers in Human Behavior, 50, 197-204. doi: 10.1016/j.chb.2015.04.001.
Drouin, M., Vogel, K. N., Surbey, A., & Stills, J. R. (2013). Let’s talk about sexting, baby: Computer-mediated sexual behaviors among young adults. Computers in Human Behavior, 29, 25-30. doi: 10.1016/j.chb.2012.12.030.
Junior, A. (Produtor), & Muritiba, A. (Diretor). 2018. Ferrugem. Brasil: Olhar Distribuição.
Flach, R. M. D., & Deslandes, S. F. (2019). Sociabilidade digital e o abuso nos relacionamentos afetivos-sexuais contemporâneos. In: C. C. P. Brasil, A. M. F. Catrib, J. M. P. Caldas. (Orgs.). Tendências e tecnologias na promoção de saúde nos espaços educacionais. Fortaleza: EdUECE.
Gamez-Guadix, M., Santisteban, P., & Resett, S. (2017). Sexting among Spanish
adolescents: Prevalence and personality profiles. Psicothema, 29(1), 29-34. doi: 10.7334/psicothema2016.222.
Gong, L., & Hoffman, A. (2012) Sexting and slut-shaming: why prosecution of teen self-sexters harms women. Georgetown Journal of Gender and the Law, 13, 577-669.
Gordon-Messer, D., Bauermeister, J. A., Grodzinski, A., & Zimmerman, M. (2013). Sexting among young adults. Journal of adolescent health, 52(3), 301-306.
Hasinoff, A. A. (2017). Sexting and Privacy Violations: A Case Study of Sympathy and Blame. International Journal of Cyber Criminology, 11(2), 202-217.
Judge, A. M. (2012). “Sexting” among US adolescents: Psychological and legal perspectives. Harvard Review of Psychiatry, 20(2), 86-96.
Lee, M., & Crofts, T. (2015). Gender, pressure, coercion and pleasure: untangling motivations for sexting between young people. The British Journal of Criminology, 55(3), 454-473. doi: 10.1093/bjc/azu075.
Lordello, S. R., Souza, L., & Coelho, L. D. A. M. (2019). Adolescentes e redes sociais: violência de gênero, sexting e cyberbullying no filme Ferrugem. Nova Perspectiva Sistêmica, 28(65), 68-81.
Manoel, D. F., Lordello, S. R., Souza, L., & Pessoa, A. S. G. (2020). Sexting e adolescência: a emergência de novos temas para a psicologia do desenvolvimento. Revista da SPAGESP, 21(1), 37-50.
Madigan, S., Ly, A., Rash, C. L., Van Ouytsel, J., & Temple, J. R. (2018). Prevalence of multiple forms of sexting behavior among youth: A systematic review and meta-analysis. JAMA pediatrics, 172(4), 327-335.
Mejía-Soto, G. (2014). Sexting: una modalidad cada vez más extendida de violencia sexual entre jóvenes. Perinatología Reproducción Humana, 28(4):217-221. Retirado de https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=56367
Mitchell, K. J., Finkelhor, D., Jones, L. M., &Wolak, J. (2012). Prevalence and Characteristics of Youth Sexting: A National Study. Pediatrics, 129(1), 13-20. doi: 10.1542/peds.2011-1730.
Morelli, M., Bianchi, D., Baiocco, R., Pezzuti, L., & Chirumbolo, A. (2016). Not-allowed sharing of sexts and dating violence from the perpetrator's perspective: The moderation role of sexism. Computers in human behavior, 56, 163-169. doi: 10.1016/j.chb.2015.11.047.
Ross, J. M., Drouin, M., & Coupe, A. (2019). Sexting coercion as a component of intimate partner polyvictimization. Journal of interpersonal violence, 34(11), 2269-2291.
Safernet. (2018). As principais violações para as quais os internautas brasileiros pedem ajuda. Recuperado em 25 de abr. de 2020 de < https://helpline.org.br/indicadores/>.
Safernet. (2019). As principais violações para as quais os internautas brasileiros pedem ajuda. Recuperado em 25 de abr. de 2020 de < https://helpline.org.br/indicadores/ >.
Silva, R. B., Teixeira, C. M., Vasconcelos-Raposo, J., & Bessa, M. (2016). Sexting: Adaptation of sexual behavior to modern technologies. Computers in Human Behavior, 64, 747-753.
Temple, J. R., & Choi, H. (2014). Longitudinal association between teen sexting and sexual behavior. Pediatrics, 134(5), 1287-1292.
Walker, S., Sanci, L., & Temple-Smith, M. (2013). Sexting: young women's and men's views on its nature and origins. Journal of Adolescent Health, 52(6): 697-701. doi: 10.1016/j.jadohealth.2013.01.026.
Weisskirch, R. S., Drouin, M., & Delevi, R. (2016). Relational anxiety and sexting. Journal of Sex Research, 1-9. doi: 10.1080/00224499.2016.1181147.
Publiée
2023-10-20
Comment citer
Souza, L., & Renata Magalhães Lordello, S. (2023). O SEXTING NO BRASIL: A PERCEPÇÃO SOBRE MENSAGENS SEXUAIS . Psicologia Em Estudo, 28. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v28i0.54662
Rubrique
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus