VIVÊNCIAS DE IDOSOS NÃO DEPENDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
Abstract
Este artigo analisa as percepções no que se refere à vivência pessoal de idosos não dependentes em uma instituição de longa permanência. O estudo utiliza uma abordagem qualitativa do tipo estudo de casos múltiplos. A produção de dados foi realizada por meio de várias fontes de evidência: diário de campo, roteiro para coleta de informações do prontuário dos idosos e entrevista com roteiro semiestruturado. Para sistematização dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Foram estudados quatro casos, sendo dois do sexo feminino e dois do masculino, definidos a partir do critério de seleção de maior tempo de permanência e não dependência. Os principais resultados indicaram que três idosos procuraram a instituição como residência, pois estavam com os vínculos familiares fragilizados e manifestavam insegurança em morar sozinhos; outro idoso não tinha vínculo familiar e foi encaminhado à instituição por estar em situação de risco social. As percepções dos idosos sobre a instituição centralizavam-se na segurança e no processo de acolhimento, visto como fator de proteção.
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