TORNAR-SE MÃE DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: SENTIMENTOS VIVENCIADOS

  • Vera Lucia Freitag Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Viviane Marten Milbrath Universidade Federal de Pelotas
  • Maria da Graça Corso da Motta Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Abstract

Objetivo: compreender a vivência da mulher ao tornar-se mãe de uma criança com necessidades especiais decorrentes da paralisia cerebral. Metodologia: estudo qualitativo, fenomenológico/hermenêutico, realizado em um município ao norte do Rio Grande do Sul/Brasil, com dez mães/cuidadoras de crianças/adolescentes com paralisia cerebral, entre abril a junho/2015. Para a coleta de informações utilizou-se a entrevista fenomenológica. A interpretação compreendeu abordagem hermenêutica. Resultados: a mãe, ao receber o diagnóstico de paralisia cerebral, ocorre uma reorganização do seu modo de ser-no-mundo para se adaptar à nova situação existencial. E, a partir desse momento, inicia um viver em função do cuidado do filho. Conclusões: o estudo traz a possibilidade de reflexão para os profissionais de saúde a fim de compreender todo o processo vivenciado pela mãe, auxiliando-a nesta nova situação existencial, compreendendo-a nas fases que compõem o processo de adaptação à condição de mãe de uma criança com paralisia cerebral.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili

Biografie autore

Vera Lucia Freitag, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Enfermagem do Programa de Pós Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Ciências. Especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde. Enfermeira.(UFPel). Bolsitsa pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: verafreitag@hotmail.com

Viviane Marten Milbrath, Universidade Federal de Pelotas

Professora da Escola de Enfermagem e do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Doutora em Enfermagem. Enfermeira. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: vivianemarten@hotmail.com

Maria da Graça Corso da Motta, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Associada da Escola de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutora em Enfermagem. (UFSC). Enfermerira. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: mottinha@enf.ufrgs.br

 

 

Riferimenti bibliografici

Almeida, P. S., Gonçalves, T. P., & Maciel, D. G. (2015). Paralisia Cerebral: Dificuldades apresentadas pelas mães no enfrentamento do diagnóstico, no segmento do tratamento fisioterapêutico em casa e nos cuidados diários. Revista Brasileira de Educação e Saúde, 4(4):19-28.

Baltor, M. R. R., & Dupas, G. Experiences from families of children with cerebral paralysis in contexto of social vulnerability. (2017). Revista Latino-Americana de Enfermagem, 21(4):08 telas.

Boff, L. (2014). Saber Cuidar: Ética do humano: compaixão pela terra. 20ª ed. São Paulo: Petrópolis, RJ: Vozes Ltda.

Brasil. Ministério da Saúde. (2012). Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº466/12. Regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: MS. Recuperado em 25 dezembro, 2017, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Dezoti, A. P., Alexandre, A. M. C., Freire, H. M. S., Mercês, N. N. A., & Mazza, V. A. (2015). Social support to the families of children with cerebral palsy. Acta Paulista de Enfermagem, 28(2):172-176.

Fernandez-Alcantara, M., Garcìa-Caro, M. P., Berrocal-Castellano, M., Benítez, A., Robles-Vizcaíno, C., et al. (2013). Experiencias y cambios en los padres de niños con parálisis cerebral infantil: estudio cualitativo. Anales del Sistema Sanitario de Navarra, 36(1):9-20.

Gondim, K. M., & Carvalho, Z. M. F. (2017). Sentimentos das mães de crianças com paralisia cerebral à luz da teoria de MISHEL. Revista da Escola de Enfermagem Anna Nery, 16(1):11-16.

Heidegger, M. (2013). Ser e Tempo. 8ª ed. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis, Vozes.

Heidegger M. (2017). Seminários de Zollinkon. Petrópolis: Vozes.

Lima, M. B. S., Cardoso, V. D. S., & Silva, S. S. D. C. (2016). Parental stress and social support of caregivers of children with cerebral palsy. Paidéia (Ribeirão Preto), 26(64):207-214.

Maldonado, M. T., & Dickstein, J. (2010). Nós estamos grávidos. nº 1. Integrare Editora, São Paulo.

Milbrath, V. M. (2013). Criança/adolescente com paralisia cerebral: compreensões do seu modo de ser no mundo [Tese]. Porto Alegre (RS). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.

Milbrath, V. M., Motta, M. G. C., Resta, D. G., & Freitag, V. L. (2016). Refletindo sobre a corporeidade do ser criança com paralisia cerebral. Revista de Enfermagem UFPE On Line, 10(8): 3119-3123.

Milbrath, V. M., Motta, M. G. C., Gabatz, R. I. B., & Freitag, V. L. (2017). O nascimento de um filho com paralisia cerebral: um tempo presente inesperado. Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade, 3(Spe):47-60.

Nascimento, A. O., & Faro, A. (2016). Estratégias de enfrentamento e o sofrimento de mães de filhos com paralisia cerebral. Salud & Sociedad, 6(3):195-210.

Nimbalkar, S., Raithatha, S., Shah, R., & Panchal, D. A. (2014). A qualitative study of psychosocial problems among parents of children with cerebral palsy attending two tertiary care hospitals in western India. International Scholarly Research Notices: Family Medicine, Article ID 769619, 1-6.

Oliveira, A. K. C., & Matsukura, T. S. (2013). Estresse e apoio social em cuidadores de crianças com paralisia cerebral. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 21(3):493-503.

Oliveira, I. G., & Poletto, M. (2015). Vivências emocionais de mães e pais de filhos com deficiência. Revista da SPAGESP, 16(2):102-119.

Pereira, A. R. P. F., Matsue, R. Y., Vieira, L. J. E. S., & Pereira, R. V. S. (2014). Análise do cuidado a partir das experiências das mães de crianças com paralisia cerebral. Saúde e Sociedade, 23(2):616-625.

Polidori, M. M., Capalonga, D., Franceschi, D., Frantz, M., Medeiros, F., et al. (2014). O impacto da avaliação (diagnóstica) nos familiares de crianças com deficiência. Revista Competência, 4(2):11-29.

Rosseló, F. T. (2009). Antropologia do cuidar. Petrópolis: Vozes.

Ricoeur, P. (1978). O conflito das interpretações: ensaios de hermenêutica. Rio de Janeiro: Imago.

Ribeiro, M. F. M., Vandenberghe, L., Prudente, C. O. M., Vila, V. S. C., & Porto, C. C. (2016). Cerebral Palsy: how the child’s age and severity of impairment affect the mother’s stress and coping strategies. Ciência & Saúde Coletiva, 21(10):3203-3212.

Sandor, E. R. S., Marcon, S. S., Ferreira, N. M. L. A., & Dupas, G. (2014). Demanda de apoio social pela família da criança com paralisia cerebral. Revista Eletrônica de Enfermagem, 16(2): 417-25.

Santos, K. H. D., Marques, D., & Souza, Â. C. D. (2017). Children and adolescents with cerebral palsy: analysis of care longetudinality. Texto & Contexto-Enfermagem, 26(2):1-9.

Silva, C. C. B., & Ramos, L. Z. (2014). Reações dos familiares frente à descoberta da deficiência dos filhos. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 22(1):15-23.

Smeha, L. N., Abaid, J. L. W., Martins, J. S., Weber, A. S., Fontoura, N. M., et al. (2017). Cuidando de um filho com diagnóstico de paralisia cerebral: sentimentos e expectativas. Psicologia em Estudo, 22(2), 231-242.

Simões, C. C., Silva, L., Santos, M. R., Misko, M. D., & Bousso, R. S. (2013). A experiência dos pais no cuidado dos filhos com paralisia cerebral. Revista Eletrônica de Enfermagem, 15(1):138-45.

Vargas, R. M., Maldonado, D. M., Scheeren, M. C., Brazuna, J. B., Spigolon, M. F. M., et al. (2015). Resiliência Familiar no Contexto da Encefalopatia Crônica Infantil. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, 18(3):131-135.

Vohra, R., Madhavan, S., Sambamoorthi, U., & Peter, C. (2014). Access to services, quality of care, and family impact for children with autism, other developmental disabilities, and other mental health conditions. Autism, 18(7):815-826.

Pubblicato
2020-06-04
Come citare
Freitag, V. L., Milbrath, V. M., & Motta, M. da G. C. da. (2020). TORNAR-SE MÃE DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: SENTIMENTOS VIVENCIADOS . Psicologia Em Estudo, 25. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v25i0.41608
Fascicolo
Sezione
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus