Para ler a Unidad Popular

editora Quimantú e leituras para crianças durante ‘a via chilena para o socialismo’ (1971-1973)

Palavras-chave: Chile (1970-1973), História Editorial, História em Quadrinhos, Unidad Popular

Resumo

O êxito eleitoral da Unidad Popular chilena e o apoio de diversos setores sociais indicaram a necessidade de se iniciarem profundas transformações sociais inéditas até então no Chile. A área cultural ganha destaque. A promoção de novas práticas de leitura torna-se parte de uma política cultural alinhada ao projeto de formação de um novo homem, de perfil laico e humanista. A editora Quimantú foi um passo significativo nessa direção. Discutiremos neste artigo os caminhos que levaram à sua criação, bem como suas principais publicações, priorizando uma análise sobre publicações voltadas ao público infantil. A conclusão aponta que o empastelamento da editora pelas forças militares, em setembro de 1973, não silenciou a utopia editorial de Quimantú, que segue viva até os dias de hoje.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivan Lima Gomes, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.

Doutor (2015) em História pelo PPGH-UFF, com bolsa do CNPq. Professor na Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás, atuando também no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) e no Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória).Suas pesquisas convergem para os campos da História das Américas, História Contemporânea, História e Educação e História Cultural, abordando temas ligados às culturas visual e material, história dos impressos e história das mídias.

Referências

Aggio, A. (1993). Democracia e socialismo: a experiencia chilena. São Paulo, SP: Editora Unesp.

Albornoz, C. (2005). La cultura en la Unidad Popular: porque esta vez no trata de cambiar un presidente. In J. P. Vallejos (Ed.), Cuando hicimos historia: la experiencia de la Unidad Popular (p. 147-176). Santiago de Chile, CL: LOM Ediciones.

Antunes, M. (2017). A revolução guiada: os Cuadernos de Educación Popular e o projeto de formação da consciência revolucionária do trabalhador (Chile, 1970-1973). São Paulo, SP: Universidade de São Paulo.

Backzo, B. (1985). Imaginação social. In Enciclopédia Einaudi (Vol. 5). Lisboa, PT: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, Editora Portuguesa.

Bastidas, A. M. C. (2007). Quimantú, utopía o vigencia: apuntes sobre un proyecto editorial público (mimeo.). Santiago de Chile, CL.

Bengoa, J. (2000). Historia del pueblo mapuche(siglos XIX y XX). Santiago de Chile, CL: LOM Ediciones.

Bergot, S. (2004). Quimantú: editorial del Estado durante la Unidad Popular chilena (1970-1973). Pensamiento Crítico, 1-24.

Bergot, S. (2005). Quimantú: une maison d’édition d’état durant l’unité populaire chilienne. Le bulletin de l'Institut Pierre Renouvin. Recuperado de: https://www.univ-paris1.fr/autres-structures-de-recherche/ipr/les-revues/bulletin/tous-les-bulletins/bulletin-n-21-chantiers-2005/solene-bergot-quimantu/

Burnett, D. Burning of books on Paraguay Avenue, Santiago. (1973). Recuperado de: https://www.davidburnett.com/gallery.html?gallery=Chile%3A%2040%20Years%20After%20the%20Coup%20d%27Etat#/3

Cabrochico. (1971a). Santiago de Chile, CL: Quimantú. n. 1.

Cabrochico. (1971b). Santiago de Chile, CL: Quimantú. n. 5.

Claudio OrregoVicuña: reseñas biográficas. (n.d.) Recuperado de: http://historiapolitica.bcn.cl/resenas_parlamentarias/wiki/Claudio_Orrego_Vicu%C3%B1a

Complicaciones en el conflicto - asamblea de trabajadores en la huelga de Zig-Zag. (1970, 19 de novembro). El Mercurio. p. 22

Cooperativa en “Clarín” plantean a S. Allende. (1970, 15 de outubro). El Mercurio. p. 16.

‘El comercio de la noticia’, según el doctor Allende. (1970, 7 de setembro). La Nación. p. 09

Darnton, R. (2016). Censores em ação: como os Estados influenciaram a literatura. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Deaecto, M. M., &Mollier, J.-Y. (Eds.).(2013). Edição e revolução: leituras comunistas no Brasil e na França. Cotia, SP: Ateliê Editorial.

Dorfman, A. (2016). Ensayos quemados en Chile: inocencia y neocolonialismo. Buenos Aires, AR: EGodot Argentina.

Dorfman, A., &Mattelart, A. (1971). Para leer al pato Donald. Valparaíso, MG: Ediciones Universitarias de Valparaíso.

Dooner, P. (1989). Periodismo y política: la prensa de derecha e izquierda 1970-1973. Santiago, CL: Editorial Andante.

Fontaine Talavera, A., & Pino, M. G. (Eds.). (1997). Mil días de Allende. Santiago, CL: Centro de Estudios Públicos.

El Manque. (1973-1974). n. 282, p. 31e 34.

El Mercurio. (1970,26 de novembro). P. 17.

Erráruiz, L.,& Leiva Quijada, G. (2012). El golpe estético: ditadura militar en Chile, 1973-1989. Santiago de Chile, CL: Ocho Libro.

Gomes, I. L. (2013). Entrevista com Armand Mattelart. História e Cultura, 2 (2), 197-212.

Gomes, I. L. (2018). Os novos homens do amanhã: projetos e disputas em torno dos quadrinhos na América Latina (Brasil e Chile, anos 1960-1970). Curutiba, PR: Prismas.

Hurtado, M. A. N. (2005). Zig-Zag:un gigante de papel.Santiago de Chile, CL: Universidad de Chile.

Inquietud suscita el Caso Zig-Zag. (1971, 12 de fevereiro). El Mercurio. p. 20.

Instituto Nacional del Libro: Iniciativa de UC porteña. (1970, 29 de agosto).La Nación. p. 06.

Jorge Pancera, G., & Fernández Huidobro, E. (2003). Chile roto (2a ed.). Santiago de Chile, CL: LOM Ediciones.

Jornada del Colegio de Periodistas: proceso a los medios de comunicación de masas. (1970, 26 de novembro). La Nación. p. 06

Juan Marino: el siniestro Dr. Mortis. (2014). Recuperado de: http://cancionerodelapatagonia.cl/cancionero/mortis.html

Kunzle, D. (1978). Chile’s La Firme versus Itt. LatinAmericaPerspectives, 5 (1), 119-133.

Llanos, B. (2010). Memoria y testimonio visual en Chile: el documental “La Venda” de gloria Camiruaga. Chasqui, 39(2), 42-53.

Marinello, J. C. (2008). Quién es Chile: la visión de lo nacional en la colección ‘Nosotros los chilenos’ de la Editora Nacional Quimantú. In A. M. C. Valdivieso (Ed.), Seminario Simon Collier2007 (p. 9-39). Santiago de Chile, CL: LOM Ediciones.

Montealegre, J. (Ed.). (2011). Apariciones y desapariciones de Luis Jiménez. Santiago de Chile, CL: Ediciones Asterion.

La Nación. (1970, 17 de novembro). p. 08.

Navarro, A. (2007). Quimantú o la propagación de los niños. Recuperado de: http://arturo-navarro.blogspot.com/2007/11/quimant-o-la-propagacin-de-los-nios.html

Navarro, A. (2013). Entrevista com A. Navarro [Entrevista concedida a Ivan Lima Gomes]. Santiago de Chile, CL.

Niegan cariz político a conflicto de Zig-Zag. (1970, 17 de novembro). La Nación. p. 08.

Nyberg, A. K. (1998). Seal of Approval: the history of the Comics Code. Jackson, EUA: University Press of Mississippi.

Política cultural - documento. (1970, dezembro). Cormorán. p. 7-9.

Política cultural para Chile. (1971, 25 de fevereiro). El Mercurio. p. 3.

Programa básico de gobierno de la Unidad Popular: candidatura presidencial Salvador Allende (1970). Recuperado de: http://www.bibliotecanacionaldigital.gob.cl/visor/BND:7738

Prosiguen gestiones en la huelga de Zig-Zag. (1970, 20 de novembro). El Mercurio. p. 23.

Quadrat, S. (2010). A oposição juvenil à Unidade Popular. In D. Rollemberg & S. Quadrat (Eds.), A construção social dos regimes autoritários (p. 520-562). Rio de Janeiro, RJ: CivilizaçãoBrasileira.

Rabasa, M. (2019). The book in movement: autonomous politics and the lettered city underground. Pittsburgh, EUA: University of Pittsburgh Press.

RivalanGuégo, C. (2007). Lecturas gratas o la fábrica de lectores?Sevilla, ES: Calambur.

Rojas Flores, J. (2016.). Las historietas en Chile, 1962-1982: industria, ideología y prácticas sociales. Santiago de Chile, CL: LOM Ediciones.

Ros, A. (2012). The post-dictatorship generation in Argentina, Chile, and Uruguay: collective memory and cultural production. New York, EUA: PalgraveMacmillan.

Scott, J. (1992). História das mulheres. In P. Burke (Ed.), A escrita da história (p. 63-95). São Paulo, SP: Editora Unesp.

Subercaseaux, B. (2010). Historia del libro em Chile: desde la Colonia hasta el Bicentenario (3a ed.). Santiago de Chile, CL: LOM Ediciones.

Suscrita venta al Estado de los activos de Zig-Zag. (1971, 13 de fevereiro). El Mercurio.p. 08.

Tamayo, V. M. (2004). Imágenes e estudios cuantitativos en la construcción social de “la juventud” chilena: un acercamiento histórico (2003-1967). Última década, 12 (20), 71-94.

Tarifeño, J. (2013).Entrevista com J. Tarifeño[Entrevista concedida a Ivan Lima Gomes]. Santiago de Chile, CL.

Volk, S. (2020). Book burning and confronting the past. Recuperado de: https://steven-volk.blog/2020/01/19/book-burning-and-confronting-the-past/

Winn, P. (2010). A revolução chilena. São Paulo, SP: Editora Unesp.

Zarowsky, M. (2009). Cultura y política en el laboratorio chileno: un itinerario intelectual de Armand Mattelart (1962-1973). Buenos Aires, AR: Universidad de Buenos Aires.

Zig-Zag a la opinión pública.(1970, 22 de novembro).El Mercurio.p. 42.

Publicado
2021-02-02
Como Citar
Gomes, I. L. (2021). Para ler a Unidad Popular. Revista Brasileira De História Da Educação, 21(1), e166. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/54319