<b>Diferenças salariais por gênero no setor público brasileiro no período 2002-2015: magnitude, evolução e determinantes

  • Daniela Verzola Vaz Universidade Federal de São Paulo

Résumé

Este trabalho estuda o comportamento do hiato de rendimentos por sexo no setor público brasileiro entre 2002 e 2015. Emprega-se a metodologia de Blinder-Oaxaca para decompor o diferencial salarial bruto na parcela explicada pelas características da mão de obra ― como as diferenças nas dotações produtivas médias de homens e mulheres e em seus padrões de inserção ocupacional ― e em um componente residual, derivado dos retornos a essas características. A análise é feita para todas as PNAD no período 2002-2015, porém, é apresentada de forma mais detalhada para 2015. Para esse ano também é empregada a metodologia não paramétrica de Ñopo (2008) para decompor o diferencial salarial. Os resultados mostram que, de acordo com o método de Blinder-Oaxaca, a participação do componente residual no hiato salarial aumentou, passando de 45,3% em 2002 para 55,5% em 2015. A técnica de Ñopo mostrou uma participação de 54% da parcela residual no diferencial de rendimento em 2015. Assim, mesmo após o controle pelas características observáveis dos servidores, subsiste um diferencial por sexo, cuja magnitude não sofreu redução no decorrer do período estudado. Os fatores que mais se destacam na explicação desse diferencial são a idade e a jornada semanal de trabalho dos servidores.

 

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Biographie de l'auteur

Daniela Verzola Vaz, Universidade Federal de São Paulo
Professora Adjunta da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Universidade Federal de São Paulo (EPPEN-UNIFESP, Campus Osasco). Bacharel (2002), Mestre (2005) e Doutora (2010) em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas.
Publiée
2018-09-19
Comment citer
Vaz, D. V. (2018). <b&gt;Diferenças salariais por gênero no setor público brasileiro no período 2002-2015: magnitude, evolução e determinantes. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 40(2), e41507. https://doi.org/10.4025/actascihumansoc.v40i2.41507
Rubrique
Economia