A concepção de propriedade na <em>Utopia</em> de Thomas More
Resumo
A obra de Thomas More chamada Utopia, publicada em 1516, além de cunhar a expressão, foi mais à frente e se transformou num paradigma das formulações de projetos sociais chamados utópicos. More, nessa obra, retoma um tema caro à filosofia política e à religiosidade ocidentais que é a idéia de uma sociedade justa. Ele retomou, a seu modo, essa questão, perguntando-se sobre as possibilidades de se construir uma sociedade justa e em que bases. O texto aqui apresentado privilegia a discussão sobre o tema da propriedade e como este conceito é entendido na obra em questão. A Utopia apresenta uma espécie de coletivismo, à moda de Platão em A República, de quem More recebeu decisiva influência. O coletivismo da ilha de Utopia caracteriza-se pela crítica à então nascente forma da propriedade capitalista e por essa razão transformou-se num clássico da filosofia política, mas pode-se perguntar se seria possível tal coletivismo e em que ele consistiria. A sua obra, porém, não é isenta de problemas e o primeiro deles é a existência de escravidão. Isso demonstra que, mesmo sendo uma crítica à sociedade de seu tempo, a Utopia guarda ainda estreita relação com o modo de pensar do período em que foi escrita. Seria a Utopia apenas um contra-exemplo de sociedade? Seria More apenas um reacionário?Downloads
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