<b>Um remédio contra a anquilose hispânica: <i>El ritmo</i> (1894), de Salvador Rueda
Resumo
Nas últimas duas décadas do século XIX, apontou-se frequentemente um atraso da poesia em espanhol em relação à de outros idiomas e nações, que espelharia, segundo os mesmos juízos, uma defasagem cultural mais abrangente ante os processos internacionais de modernização social e econômica. Dizia-se que a poesia espanhola estava anquilosada por uma excessiva obediência a autoridades caducas de sua própria tradição. Em 1894, o poeta espanhol Salvador Rueda publica El ritmo, um polêmico tratado poético que propõe uma revolução rítmica como remédio contra a anquilose do verso. Este artigo se dedica a apresentar e analisar as estratégias discursivas, empregadas por Rueda, para intervir nos rumos da cultura hispânica e as convergências e divergências de sua intervenção com os discursos de seu tempo, particularmente com a poética dos modernistas hispano-americanos, a quem a historiografia literária viria a atribuir pouco depois o mérito efetivo pela revigoração da poesia em espanhol na virada do século XIX para o século XX.
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