‘Is there a way of sending me a pizza?’: disguised calls to report violence against women

Keywords: conversation analysis; emergency calls; violence against women; intersubjectivity.

Abstract

This study, which is inserted in the interdisciplinary area of Applied Linguistics, aims to analyze emergency calls to 190 to report violence against women, while with their aggressors, by means of disguised requests during the covid-19 pandemic. In this paper, three naturalistic calls of this kind, which are available at Youtube, were analyzed. It is a qualitative research, based on the theoretic and methodological perspective of Conversation Analysis. Along the analysis on the performed interactional actions, a recurring organizational structure was observed in these disguised calls. All of them presented an expectancy break, which was solved by some distinct actions and resources, such as repair initiation and specific information requests, permeated by pauses, prominent ‘intonations’, sound lengthenings and repetitions, which work on the pursuit of intersubjectivity. Finally, from the results obtained, this work’s relevancy relies on: (a) contributing to advancing talk-in-interaction studies in Brazil; (b) promoting 190 professional training workshops based on the demand of unveiling disguised calls; and (c) orienting potential victims about the possibility of using disguise as a way of reporting violence against women while with their aggressors.

Downloads

Download data is not yet available.

Metrics

Metrics Loading ...

References

Referências

Albert, S., Housley, W., & Stokoe, E. (2019). In case of emergency, order pizza: an urgent case of action formation and recognition. In 1st International conference on conversational user interfaces (p. 1-2). Nova Iorque.

Andrioli, F., & Ostermann, A. C. (2019). Entendendo o ‘entendimento’ em aulas de língua inglesa: uma perspectiva interacional multimodal. Acta Scientiarum. Language and Culture, 41(2), e46454. DOI: https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v41i2.46454

Assembleia Geral das Nações Unidas. (1993). Declaração sobre a eliminação da violência contra as mulheres. Resolução 48/104, de 20 de dezembro de 1993. Assembleia Geral das Nações Unidas.

Brasil. (2006). Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Brasília, DF: Diário Oficial da União.

Balanço Geral. (2021, 15 de jun.). Mulher finge pedir açaí para denunciar agressor à polícia. Youtube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=MmkSy4fXuAk

Del Corona, M. O. (2011). O universo do 190 pela perspectiva da fala-em-interação (Tese de Doutorado). Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo.

Divan, L. M. F., & Oliveira, R. P. (2008). A Pesquisa qualitativa e o paradigma da ciência pós-moderna: uma reflexão epistemológica e metodológica sobre o fazer científico. Gragoatá, 13(25), 185-202.

Fávero, L. L. (2001). O tópico discursivo. In D. Preti (Org.), Análise de textos orais (5a ed., p. 33-54). São Paulo, SP: Humanitas Publicações FFLCH/USP.

Ferreira, I. A., & Moraes, S. S. (2020). Subnotificação e Lei Maria da Penha: o registro como instrumento para o enfrentamento dos casos de violência doméstica contra mulher considerando o anuário brasileiro de segurança pública (2019). O Público e o Privado, 18(37), 259-280. DOI: https://doi.org/10.52521/18.4108

Fórum Brasileiro de Segurança Pública, & Datafolha Instituto de Pesquisas. (2021). Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil (3a ed.). Recuperado de https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/06/relatorio-visivel-e-invisivel-3ed-2021-v3.pdf

Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (2022). Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022 (16a ed.). Recuperado de https://assets-dossies-ipg-v2.nyc3.digitaloceanspaces.com/sites/3/2022/06/anurio-2022.pdf

Frazão, E. A. S., & Lima, V. S. (2017). Análise da conversação no Brasil: os desdobramentos de um campo de formação multidisciplinar. Entrepalavras, 7(2), 622-637. DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.7.7.2.622-637

Gago, P. C., & Pinto, P. J. G. (2012). Interrogatórios policiais da delegacia de repressão a crimes contra a mulher: algumas práticas sequenciais de negociação. Signótica, 24(2), 339-365. DOI: https://doi.org/10.5216/sig.v24i2.19169

hooks, b. (2018). O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras (16a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Rosa dos Tempos.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2020). Panorama. Recuperado de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama

Jefferson, G. (1984). Transcript notation. In J. M. Atkinson, & J. Heritage (Eds.), Structures of social action: studies in conversation analysis (p. IX-XVI). New York, NY: Cambridge University Press.

Pinto, P. J. G., & Gago, P. C. (2016). O uso de reformulações por um inspetor de polícia durante a atividade de negociação nos interrogatórios policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Mulher (DRCCM). Veredas, 17(2), 136-151.

Loder, L. L., Salimen, P. G., & Müller, M. (2008). Noções fundamentais: sequencialidade, adjacência e preferência. In L. L. Loder, & N. M. Jung (Orgs.), Fala-em-interação social: introdução à análise da conversa etnometodológica (p. 39-58). Campinas, SP: Mercado de Letras.

Freitas, A. L. P., & Machado, Z. F. (2008). Noções fundamentais: a organização da tomada de turnos na fala-em-interação. In L. L. Loder, & N. M. Jung (Orgs.), Fala-em-interação social: introdução à análise da conversa etnometodológica (p. 95-126). Campinas, SP: Mercado de Letras.

Marcuschi, L. A. (2003). Análise da conversação (5a ed.). São Paulo, SP: Ática.

Marega, L. M. P., & Jung, N. M. (2011). A sobreposição de falas na conversa cotidiana: disputa pela palavra? Veredas, 15(1), 321-337.

Organização Mundial da Saúde [OMS]. (2021). Violence against women prevalence estimates, 2018. Geneva, CH: WHO.

Ostermann, A. C. (2008). Análise da Conversa (Aplicada) como uma abordagem para o estudo de linguagem e gênero: o caso dos atendimentos a mulheres em situação de violência no Brasil. Athenea digital, Revista de Pensamiento e Investigación Social, 14, 245-266.

Ostermann, A. C. (2018, 7 de out.). Análise da conversa: um olhar científico sobre as falas. Youtube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=793FZpy0NF4

Ostermann, A. C. (2003). Communities of practice at work: gender, facework and the power of habitus at an all-female police station and a feminist crisis intervention center in Brazil. Discourse & Society, 14(4), 473-505.

Oostermann, A. C., & Oliveira, M. C. L. (2015). Você está entendendo? Contribuições dos estudos de fala-em-interação para a prática do teleatendimento. Campinas, SP: Mercado de Letras.

Sacks, H., Schegloff, E., & Jefferson, G. (1974). A simplest systematics for the organization of turn-taking for conversation. Language, 50(4), 696-735. DOI: https://doi.org/10.2307/412243

Silva, C. R., Andrade, D. N. P., & Ostermann, A. C. (2009). Análise da conversa: uma breve introdução. ReVEL, 7(13), 1-21.

UOL. (2021, 28 de mai.). Mulher chama polícia com "pedido de pizza"; ouça o áudio da ligação. Youtube. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=AtQcBld5EMY

Watson, R., & Gastaldo, E. (2015). Etnometodologia & Análise da Conversa. Rio de Janeiro, RJ: Editora Vozes; Editora PUC-Rio.

Whalen, M. R., & Zimmerman, D. H. (1987). Sequential and institutional contexts in calls for help. Social Psychology Quarterly, 50(2), 172-185. DOI: https://doi.org/10.2307/2786750

Zimmerman, D. (1984). Talk and its occasion: the case of calling the police. In D. Schiffrin (Org.), Meaning, form, and use in context: linguistic applications (p. 210-228). Washington, DC: Georgetown University Press.

Published
2024-04-12
How to Cite
Guedes, E. de P., & Frezza, M. (2024). ‘Is there a way of sending me a pizza?’: disguised calls to report violence against women. Acta Scientiarum. Language and Culture, 46(1), e69605. https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v46i1.69605
Section
Linguistics

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus