<b>Uma catarse no espelho: <i>Os cus de Judas</i>, de António Lobo Antunes
Resumen
O romance Os cus de Judas, de António Lobo Antunes, publicado em 1979, integra uma trilogia com Memória de elefante ([1979] 2009) e Conhecimento do inferno ([1980] 2006), a que o autor designa com ‘ciclo de aprendizagem’, que desmistifica, na ficção, os relatos oficiais sobre a guerra colonial numa elaboração autobiográfica. Tratando da guerra colonial africana, da sociedade portuguesa da época e da alienação vigente sobre os acontecimentos africanos, bem como do silenciamento omisso entre as classes mais bem situadas, a narrativa de um retornado é dada a conhecer pela rememoração autorreflexiva. Nesse processo, conduzido pelo narrador antuniano, constitui-se uma catarse diante do espelho protagonizada por um médico psiquiatra que fala de si, em si e por si mesmo desde o tempo da infância até o presente. É dessa impactante e vigorosa escrita que introduz uma nova perspectiva nas letras portuguesas no período histórico do pós 25 de abril que tratamos neste artigo.
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