Poéticas em línguas nativas escritas por mulheres no Peru
Abstract
Este artigo explora e discute a criação poética de quatro poetas do sul e duas do leste do Peru para explicar sua decisão de escrever na língua nativa de seu local de nascimento. Em segundo lugar, compreender sua arte poética e as particularidades que mostram os sujeitos poéticos configurados em diálogo com a perspectiva de gênero e a decolonialidade do poder. A pesquisa é abordada a partir de entrevistas e análise dos textos mais representativos em que se configuram sua arte poética. Não é mais o olhar do gamonal ou misti que escreve em quíchua nem do olhar indígena, mas da auto-representação runa, especialmente do warmikuna e do nuwa-aina. Por meio dele, as mulheres quebram o cânone literário e a cultura dominante, rompem com os estereótipos sexistas de feminilidade e masculinidade tecidas de racismo que atravessam o conjunto de instituições que ainda negam a muitas mulheres uma educação intercultural e uma vida digna. Por consequência, eles quebram o cânone patriarcal, eurocêntrico e racializado. Cada ñoqa/ eu poético faz parte da tradição cantada de sua região e reafirma sua autorrepresentação a partir de seu próprio paradigma que se abre ao mundo em diálogo com outros códigos transculturais facilitados pela tecnologia da informação, comunicação e ativismo digital.
Downloads
Metrics
DECLARATION OF ORIGINALITY AND COPYRIGHTS
I Declare that current article is original and has not been submitted for publication, in part or in whole, to any other national or international journal.
The copyrights belong exclusively to the authors. Published content is licensed under Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0) guidelines, which allows sharing (copy and distribution of the material in any medium or format) and adaptation (remix, transform, and build upon the material) for any purpose, even commercially, under the terms of attribution.
Read this link for further information on how to use CC BY 4.0 properly.