Autoria feminina na literatura anglo-canadense: das pioneiras às pós-modernistas

  • Lis Doreto Romero Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’
  • Cleide Antonia Rapucci Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’

Resumen

A literatura canadense, ou CanLit, tem uma história singular. As mulheres imigrantes que foram para a New Land, colônia britânica na época, e que possuíam aspirações literárias, não se pouparam da pena: produziram obras, porém não sem dificuldade, as quais, a princípio, tiveram suas características literárias negligenciadas. As pioneiras, tempos depois, tiveram suas obras revisitadas e utilizadas como fonte de inspiração para autoras do século XX que objetivavam subverter e transgredir as normas. Assim, fazendo uso da crítica feminista, que tem como um de seus objetivos analisar o conteúdo das produções das mulheres e evidenciar autoras que obtiveram pouco ou nenhum destaque, este artigo busca apresentar um recorte sobre autoras canadenses desde as pioneiras até as pós-modernistas e relacionar suas produções. Tal relação considera os aspectos metaficcionais das produções pós-modernas em que o retorno ao passado se coloca como um desejo de transformação. Além do exposto, o presente artigo também procura aproximar a cultura canadense do público brasileiro, uma vez que as pesquisas acerca da literatura produzida pelas canadenses são limitadas na academia brasileira.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Metrics

Cargando métricas ...

Citas

Referências

Atwood, M. (1996). Alias Grace. Nova Iorque, NY: Anchor Books.

Atwood, M. (1998). In Search of Alias Grace: on writing canadian historical fiction. The American Historical Review, 103(5), 1503-1516. DOI: https://doi.org/10.2307/2649966

Atwood, M. (2017). O conto da Aia (A. Deiró, Trad.). Rio de Janeiro, RJ: Rocco.

Atwood, M. (2012). Survival: A thematic guide to canadian literature. Toronto, ON: House of Anansi.

Beauvoir, S de. (2019) O segundo sexo: a experiência vivida (S. Milliet, Trad.). Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova Fronteira.

Brooke, F. (1777). The history of Emily Montague. London, UK: R. e J. Dodsley.

Cândido, A. (2006). Literatura e sociedade. Rio de Janeiro, RJ: Ouro Sobre Azul.

Chaucer, G. (2014). Os contos de Canterbury (P. Viziolli, Trad.). São Paulo, SP: Editora 34.

Eagleton, T. (2006). Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo, SP: Martins Fontes.

Feitosa, A. P. (2011). Mulheres-monstro e espetáculos circenses: o grotesco nas narrativas de Angela Carter, Lya Luft e Susan Swan (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Fraser, W. (1991). The dominion of women: the personal and the political in canadian women’s literature. New York, NY: Greenwood Press.

Friedan, B. (1971). Mística Feminina (A. Weissnberg, Trad.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Goldman, M. (1993). No man’s land: re-charting the territory of female identity in selected fictions by contemporary Canadian women writers (Tese de Doutorado). Universidade de Toronto, Toronto.

Goody, J. (2009). Da oralidade à escrita: reflexões antropológicas sobre o ato de narrar. In F. Moretti (Ed.), A cultura do romance (p. 35-68). São Paulo, SP: Cosac Naify.

Hammill, F. (2003). Literary culture and female authorship in canada 1760-2000. New York, NY: Rodopi.

Hanish, C. (2006). A Critique of the Miss America Protest: the 1968 classic with some new introductory thoughts. Recuperado em https://carolhanisch.org/CHwritings/MissACritique.html

Hutcheon, L. (1985). Uma teoria da paródia. Lisboa, PT: Edições 70.

Hutcheon, L. (1991). Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Rio de Janeiro, RJ: Imago.

Hutcheon, L. (1998). The Canadian Postmodern: A study of Contemporary Canadian Fiction. Canadá, TO: Oxford University Press.

Lane, R. J. (2011). The routledge concise history of canadian literature. New York, NY: Routledge.

Millett, K. (1970). Sexual politics: a surprising examination of society’s most arbitrary folly. Nova York, NY: Doubleday & Company.

Mitchell, P. (2015). About Canada: women’s rights. Winnipeg, MB: Fernwood Publishing.

McGregor, H., Rak, J., & Wunker, E. (2018). Refuse: canlit in ruins. Burnaby, BC: Book*hug.

Pool, L. (Diretora). (1998). Assunto de Meninas [filme]. Produção: Greg Dummett Films e Cite-Amerique.

Romero, L. D. (2020). Gênero e subversão em The Wives of Bath (1993), de Susan Swan (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Assis.

Samoyault, T. (2008). A intertextualidade. São Paulo, SP: Hucitec.

Shields, C. (1996). Small ceremonies. Canadá, TO: Vintage.

Siti, W. (2009). O romance sob acusação. In F. Moretti (Ed.), A cultura do romance (p. 165-196). São Paulo, SP: Cosac Naify.

Steenman-Marcusse, C. (2001). Re-writing pioneer women in anglo canadian literature. Amsterdam, NL: Rodopi.

Swan, S. (2001). The biggest modern woman of the world. Canadá, TO: Lester & Orpen Dennys Limited.

Swan, S. (1998). The wives of bath. Inglaterra, UK: Granta Books.

Woolf, V. (2014). Um teto todo seu (B. Nunes, Trad.). São Paulo, SP: Tordesilhas.

Publicado
2024-08-08
Cómo citar
Romero, L. D., & Rapucci, C. A. (2024). Autoria feminina na literatura anglo-canadense: das pioneiras às pós-modernistas. Acta Scientiarum. Language and Culture, 46(2), e69927. https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v46i2.69927
Sección
Literatura

Funding data

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus